segunda-feira, 23 de agosto de 2010

II GUERRA MUNDIAL- ARMADILHA DE GELO

1940, 25 de fevereiro. Nas ilhas de Sursari, Lavansari e Seiskiari, tomadas no começo da guerra, a menos de 50 km da costa da Finlândia, o exército russo concentra um poderoso efetivo para um ataque à baía de Viborg.

A baía, a essa altura do ano, é um mar de gelo, e os russos, aproveitando a grossa camada sólida que cobre as águas, resolvem cortar caminho, deslocando suas unidades pesadas sobre o gelo, em direção à Viborg.

Ao longe, sobre uma das ilhas perto da costa setentrional finlandesa, poderosos canhões de 300 mm apontam para a baía.
As companhias russas, apoiadas por numerosos tanques, começam a cruzar a superfície gelada. Os canhões finlandeses, após a correção dos seus tiros, começam a acertar exatamente na periferia das compactas unidades inimigas, configurando algo que parece não ter sentido. Os projéteis de tais armas, lançados diretamente sobre as formações inimigas causariam, por certo, baixas consideráveis, mas os finlandeses não disparam sobre os infantes, nem sobre os tanques, e sim, ao redor.

Poucos minutos bastam aos russos para que compreendam a extensão da tragédia. O gelo quebrado em pontos esparsos, começa a rachar sob o peso dos tanques, com estalos ensurdecedores. Desespero e alaridos de terror se espalham entre as unidades russas e logo depois, nada, ou quase nada se vê.

Sobre a superfície gelada da baía, agora quebrada em milhares de pedaços, alguns poucos homens dispersos tentam se agarrar a qualquer coisa que ainda flutue. Todo o resto- artilharia, caminhões, cavalos, canhões, tanques e a maioria do efetivo- jaz, já sepultado sob as águas geladas.

Fonte: II Guerra Mundial. Grolier. Editora Codex Ltda, 1966.

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