sábado, 20 de outubro de 2012

AQUECIMENTO GLOBAL E COMENTÁRIOS RELEVANTES


O mar congelado na Antártica bate recorde. Cadê o aquecimento global?


O Ártico no Polo Norte bateu o recorde de derretimento no verão. Este ano caminha para fechar como o mais quente da história. Foi o verão mais escaldante no Hemisfério Norte. Por outro lado, do lado de cá do mundo, surgem outras notícias. Os pinguins da Antártica não devem estar tão preocupados agora. O mar congelado que cerca a Antártica, no Polo Sul, bateu o recorde de extensão no inverno. A camada de gelo flutuante (que aparece em branco na imagem acima) chegou a 19,44 milhões de quilômetros quadrados em 2012, segundo o Centro Nacional de Neve e Gelo (NSIDC), dos Estados Unidos. O recorde anterior, de 2006, era de 19,39 milhões de quilômetros quadrados.
O mapa acima mostra a maior extensão já registrada. Foi feito a partir de imagens de satélite. A área em cinza escuro é de terra firme. O cinza claro são as geleiras que saem da terra firme, mas estão flutuando.
O que houve com o aquecimento global? O recorde na Antártica indica que a Terra não está esquentando? Não é bem assim. Primeiro, embora seja um recorde, a extensão de gelo atual não está tão distante da média. A linha amarela mostra a média da extensão de gelo nos meses de setembro entre 1979 e 2000. Em alguns lugares, especialmente no Mar de Bellingshausen, o gelo este ano está menor do que a média histórica.
O gráfico abaixo mostra a oscilação da extensão de gelo flutuante na Antártica. Aparentemente, há um aumento ligeiro nas últimas décadas.










Em comparação, o histórico do Ártico é bem claro. A calota polar está desaparecendo década após década no verão. Este ano o Polo Norte bateu mais um recorde histórico de pouco gelo no verão. O gráfico abaixo mostra a retração no gelo ártico desde 1979. A linha preta é a variação na extensão do gelo, ano a ano. A linha azul mostra a tendência.























Segundo os cientistas, o inverno com muito gelo na Antártica e o verão com pouco no Ártico são fenômenos distintos. Para os pesquisadores Claire Parkinson e Donald Cavalieri, da Nasa, agência espacial americana, os hemisférios da Terra têm uma grande variabilidade de um ano para o outro. Pode haver mais gelo num e menos no outro. Ou mais gelo em ambos. E menos gelo em ambos”, afirmam. “Apesar disso, as tendências de longo prazo são claras: a magnitude da perda de gelo no Ártico excede consideravelmente os ganhos na Antártica.”
Para os pesquisadores da Universidade do Colorado, que fazem parte da equipe do NSIDC, comparar as tendências de gelo do verão e do inverno em dois polos é problemático porque são dois processos diferentes. “Durante o verão, o gelo flutuante derrete e a superfície escura do mar aumenta o aquecimento. No inverno, há outros fatores, como nevascas no gelo e o vento. Pequenas alterações na extensão do gelo no inverno são um sinal mais ambíguo do que a perda de gelo no verão. A expansão do gelo no inverno da Antártica pode ser efeito de variações nos padrões de vento e queda de neve. Já o declínio do gelo no Ártico é mais ligado ao aquecimento global”, escrevem os pesquisadores no blog do NSIDC.

(Alexandre Mansur)

Comentários para “O mar congelado na Antártica bate recorde. Cadê o aquecimento global?”

  1. Douglas B.:
    Será que isso tem alguma relação com as massas de ar frio que não param de chegar no Brasil, mesmo o inverno tendo acabado e estando no meio de outubro?
  2. Juca Pato:
    ccccc…. Curioso como a mídia (e a ciência mainstream) se comporta sempre na defensiva. Qualquer dado que suporte minha pré-disposição em acreditar no que quero, será bem-vindo e potencializado. Ó, tá vendo? Eu não disse? Agora: quando há dados que podem sugerir o contrário do quero crer, bem, aí a conversa é diferente. “Não, veja bem, há diversos outros fatores que podem influenciar esse fato”. Qualquer verãozinho: óóó, é o aquecimento global, o AGA, tá vendo? Mais gelo no HS, no entanto, deve ser, bem, naturalmente por outros motivos. Nada a ver com a temperatura da terra né, claro. Aconteça o que acontecer, surjam os dados que surgirem, a teoria do aquecimento global nunca terá um arranhão sequer. Afinal, já tá mais pra religião do que pra ciência né? A proposito, recomendo dar uma olhadinha nos estudos da Geophysical Review Letters. Essas estatísticas e estimativas que temos sáo por amostragens paupérrimas. Esudos de sensoriamento remoto com estatística mais refinada e mais prudente sugerem um cenário bem diferente. Sem entrar no mérito das respostas eletromagnéticas da ionosfera diante de aquecimento ou resfriamento. Blablabla. Mas continuemos pregando a crença conveniente..
  3. Nilson de Simas:
    Existe um profissional brasileiro especialista nesta área, ele já deu diversas entrevistas televisivas, não lembro o seu nome, ele afirma e ostenta argumentos consistentes, dizendo que a Terra está passando por ciclos naturais e que a intervenção do Homem é pífia e insignificante em suas alterações. Logo, de pronto percebe-se que há interesses outros por trás desta falácia de aquecimento.
  4. José:
    O nome do especialista brasileiro é Luis Carlos Molion.
  5. ka:
    Essa aparente contradição entre o que acontece nos os dois polos, é muito polêmica, como ficou claro no artigo. Eu gostaria de sugerir mais um dado – que não está sendo levado em conta – que é a precessão do eixo terrestre. Isto causaria uma inclinação mais, ou menos, pronunciada em relação ao Sul e ao Norte.
  6. J.E.NARDINI:
    EXISTE UMA TEORIA,ACEITA POR VÁRIOS CIENTISTAS, QUE AFIRMAM E COMPROVAM QUE DEVERÁ HAVER UMA NOVA ONDA GLACIAL, AFETANDO PRINCIPALMENTE A EUROPA, QUE É REFRIGERADA PELAS ÁGUAS QUENTES DA CORRENTE DO GOLFO. COM A INTERRUPÇÃO DO FLUXO NORMAL DESTA CORRENTE, HAVERÁ O DESEQUILÍBRIO NO CLIMA DA EUROPA, TORNANDO-A MAIS GELADA, COMO O CANADÁ, QUE ESTÁ NA MESMA POSIÇÃO NO GLOBO TERRESTRE.
  7. Rafael:
    Este tipo de notícia é apenas de caráter informativo. O que é a variação do gelo de um ano para o outro em um período de 30000 anos. Não existe aquecimento solar, existem ciclos naturais de aumento e diminuição da temperatura. O homem não afeta o clima de maneira macro. Quem manda no clima do planeta é o sol, as correntes marítimas e as massas de ar, e só. Ainda nem de perto somos deuses.
  8. Roberto Theodosio Brandão:
    Existem interesses inconfessáveis em torno de meio ambiente, aquecimento global,etc. O Prof.Dr.Luiz Carlos Molion (Universidade Federal de Alagoas – UFAL está corretíssimo.
  9. Celso Moessa:
    O que manda no mundo chama-se dinheiro e poder…
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    Esta postagem é cópia fiel da reportagem publicada na revista Época 

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