sábado, 29 de junho de 2013

TPM RAIVOSA

A esta altura já espalhadas pelo mundo inteiro, as mulheres do grupo Femen arrumaram um jeito nada convencional de abrandar a raiva e se livrar do calor e das tensões acumuladas ao longo de cada mês das suas vidas.
A polícia é que parece que não entende que elas estão é com TPM raivosa, e que não adianta fazer isto aí. O negócio é deixar elas soltas, gritando e quebrando tudo. Em seguida a raiva passa e tudo volta ao normal até o mês seguinte, quando acontece tudo outra vez.


Abaixo, o texto original da publicação.

2013, 18 de junho. Policiais detêm manifestantes do grupo radical feminista Femen durante protesto contra o regime do presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, durante sua visita a Kiev, capital da Ucrânia. Lukashenko, no poder desde 1994, chegou nessa segunda para uma visita de dois dias ao país vizinho. O mandatário bielorrusso já foi acusado por líderes estrangeiros de conduzir uma ditadura e violar direitos humanos e leis internacionais.

Só não entendi por que o policial da foto acima segurou a manifestante por onde não deveria. Ou será que é por onde deveria?

Fonte: Terra
Fotos:  Reuters

O MARTELO DE THOR

Por Werner Beck

Ofício Circular J0N3/2013: Em Bagé todo mundo sabe que quando a Intendência da cidade começou a explorar o carvão de Candiota precisou contratar, emergencialmente, trabalhadores bons de martelo para quebrar a hulha, enquanto isso o Instituto Pedrozini
projetava e construía o primeiro moinho de bolas do Sistema Solar (no bom sentido
bagaceira, vai pesquisar que tu vai ver que existe sim os moinhos de bolas, tu tens é bolas
de gordura no cérebro, pançudo malicioso). Um desses funcionários era um tal de Thor,
cabeludo nórdico cujo navio veio comprar charque em Pelotas e encalhou num cardume de
camarão na Lagoa dos Patos, daí ele ficou sem dinheiro e teve que trabalhar. Era um cara
muito do metido já que a cada turno tomava banho e colocava água oxigenada nos cabelos
para tirar o pó preto e manter as madeixas loiras e, ao invés de poncho cardal vermelho da
Renner, usava uma capa vermelha marca diabo que, de frente, não atacava nem vento e
nem chuva. Vai entender essa gente estranha que não é gaúcha.

Esses banhos diários com peróxido de hidrogênio genérico (H3O3) revoltava o pessoal de Cacimbinhas descendentes dos lanceiros negros, daí os caras prepararam uma
sacanagem p/ loiro cabeludo e colocaram pólvora da boa no “olho” do seu martelo. Não
era pólvora dessas chinesas fabricadas no Vietnam do Oeste e sim chinesas fabricadas na
China mesmo, nos confins da província de Nankim, capital de Tirimtimtim, na Vila Xhinfrim,
lá onde o diabo perdeu os “carpim” (as botas já tinha perdido no Rincão do Inferno entre Dom Pedrito e Lavras.

Como na época a Intendência tinha proibido o uso de celular com câmera nas minas para evitar que o pessoal se distraísse com outras coisas que não fosse o jogo do osso no intervalo, ninguém filmou, mas ainda existem vivos até hoje 17 testemunhas pelo interior da
Região Metropolitana de Bagé que presenciaram o fato. Esses velhinhos, hoje com 200 e
poucos anos, estão protegidos pelo Estatuto Bageense de Proteção ao Idoso Bicentenário
que não permite que os mesmos sejam entrevistados ao vivo, só por escrito.

Os relatos datilografados por eles permitiu que fosse feito esse filme, que teve que
ser realizado no México, para evitar incidentes diplomáticos entre a Intendência de Bagé
a República Aérea de Asgard que até hoje não apararam as arestas e nem assinaram um
pacto de não agressão, por isso as 3ª, 8ª, 14ª e 76ª Baterias Antiaéreas do Regimento de
Artilharia de Bagé têm ordem de atirar neles se chegarem perto da cidade.

Naquele dia Thor perdeu o martelo e levou uma paliça de relho trançado de oito do velho Odin. Dizem que depois ganhou de aniversário da mãe um martelo novo da Tramontina, mas isso já é outra história. O martelo original, todo desbeiçado, caiu em Passo de Los Toros, na Cisplatina, daí Artigas mandou derreter para fazer uma espada nova, mas isso também é outra história.

El martillo de Thor por yonkis

domingo, 23 de junho de 2013

quarta-feira, 12 de junho de 2013

A CAMINHO DA COPA - por FLORENCE RODRIGUES

Desenvolvido pelo Ponto de Mídia Livre Pólis Digital e publicado em 24/03/2013, o documentário "A Caminho da Copa" apresenta diversas opiniões a respeito dos impactos positivos e negativos ao meio ambiente e, especialmente, às comunidades, quando aqui no Brasil se resolve promover um megaevento.

Moradores do Rio e de São Paulo atingidos pelas obras urbanas referentes à Copa do Mundo - Brasil / 2014 e Olimpíadas / 2016, assim como o urbanista Carlos Vainer, o jornalista Juca Kfouri, a arquiteta e urbanista Raquel Rolnik, o administrador de empresas Toni Sando e o deputado Vicente Cândido são os entrevistados.
 
A CAMINHO DA COPA
por Florence Rodrigues
através de Wilson Santana

segunda-feira, 10 de junho de 2013

EU NÃO CONSIGO SER ALEGRE O TEMPO INTEIRO - WANDER WILDNER

Esta aqui é para quem gosta de rock alternativo e das bandas gaúchas.
YouTube/Luís Gustavo

O MAIOR IATE DO MUNDO

Junho, 2013. Lançado na Alemanha o maior iate do mundo, com 180 metros de comprimento, pertencente ao príncipe Alwaleed, da Arábia Saudita.

A maravilha flutuante, denominada Azzam, custou U$ 609 milhões.






Fotos Splash/All Over

quinta-feira, 6 de junho de 2013

O PRIMEIRO TORNEIO RIO-SÃO PAULO

1933. Se considerarmos os meios de transporte disponíveis na época, o primeiro Torneio Rio-São Paulo, disputado naquele ano, foi uma espécie de campeonato brasileiro, longo e cansativo como os da atualidade, porque as delegações dos clubes se deslocavam de trem e, no caso de uma viagem São Paulo/Rio/São Paulo ou vice-versa, eram duas jornadas de 9 horas, cada.

Sete clubes de São Paulo

SC Corínthians Paulista
SE Palestra Itália (atual SE Palmeiras)
A Portuguesa de Desportos
Santos FC
AA São Bento
São Paulo FC (alcunhado na época como São Paulo da Floresta)
CA Ypiranga

e

cinco do Rio de Janeiro

América FC
Bangu AC
Bonsucesso FC
Fluminense FC
CR Vasco da Gama

jogaram nessa primeira edição, realizada em turno e returno pelo sistema de pontos corridos, cujos resultados das partidas disputadas dentro dos campeonatos paulista e carioca entre os times locais foram considerados como válidos também para o Torneio Rio-São Paulo. O Botafogo FR - que preferiu continuar se passando por clube amador - e o CR Flamengo - que ainda não era filiado à Liga Carioca de Futebol quando o torneio começou - não participaram.

Todos os resultados estão registrados no site
http://futpedia.globo.com/campeonato/torneio-rio-sao-paulo/1933

Na última partida do torneio, o Palestra venceu o Fluminense no Parque Antárctica, em 10 de dezembro, e livrou dois pontos do São Paulo que uns dias antes, em 03/12, tinha vencido [no Rio] o próprio Fluminense por 5 a 2.

A classificação final, que culminou com o título para a Sociedade Esportiva Palestra Itália, ficou assim:
C
CLUBE
J
V
E
D
GP
GC
PG
 1
Palestra Itália
22
17
2
 3
67
25
    36
 2
São Paulo
22
16
2
 4
75
31
34
 3
Portuguesa
22
12
6
 4
57
33
30
 4
Bangu
22
13
3
 6
65
46
29
 5
Vasco da Gama
22
10
4
 8
44
31
24
 6
Corinthians
22
10
2
10
31
51
22
 7
Fluminense
22
 8
4
10
38
41
20
 8
América
22
 8
2
12
47
65
18
 9
Santos
22
 7
3
12
46
57
17
10
Bonsucesso
22
 5
6
11
35
50
16
11
São Bento
22
 5
3
14
31
52
13
12
Ypiranga
22
 2
1
19
23
77
 5

Abaixo, uma das formações do Palestra Itália, Campeão Paulista e Campeão do Torneio Rio-São Paulo / 1933.
De pé: Carnera - Tufy - Dula - Nascimento - Junqueira - Tunga - Garcia
Agachados: Carrazzo - Avelino - Gabardo - Romeu - Lara - Imparato

Dados do último jogo:
 
PALESTRA ITÁLIA 2 x 1 FLUMINENSE
Data: 10/12/1933
Local: Estádio Parque Antarctica (São Paulo, SP)
Árbitro: Loris Cordovil
Público estimado: 25.000 
 
Palestra:
Nascimento;
Carnera e Junqueira;
Tunga, Dula e Tuffy;
Avelino, Gabardo, Romeu Pelicciari, Lara e Imparato III.
Técnico: Humberto Cabelli
 
Fluminense:
Armandinho;
Ernesto e Nariz;
Marcial, Brant e Ivan (Casilandro);
Álvaro, Vicentino, Russo, Bermudes e Salvyo
Técnico: Artur de Azevedo Filho

Gols: Gabardo aos 15', Dula 19', do 1º tempo; Bermudes 39' do 2º tempo.

terça-feira, 4 de junho de 2013

DEPOIS DA COPA

Elefante Branco é uma expressão idiomática para uma posse valiosa da qual seu proprietário não pode se livrar e cujo custo (em especial o de manutenção) é desproporcional à sua utilidade ou valor. O termo é utilizado na política para se referir a obras públicas sem utilidade.
imagem: http://petcivilufjf.files.wordpress.com/2013/05/elefante-branco.jpg

Segundo a lenda, receber um elefante branco de presente de um monarca era simultaneamente uma bênção e uma maldição: uma bênção porque o animal era sagrado e um sinal do favoritismo do monarca pelo cortesão que o recebia; uma maldição porque o animal não tinha uma utilidade prática que compensasse o custo de sua manutenção.

Se dependerem do futebol, quatro - dos doze - estádios construídos ou reformados para a Copa / 2014 vão se transformar em elefantes brancos tão logo termine o torneio. Isto não é lei, mas é a lógica.

Arena da Amazônia
Com capacidade para 44.500 torcedores, a Arena da Amazônia foi imaginada para se transformar em grande espaço multifuncional após a Copa. Se terá, ao longo de sua utilização, público suficiente para dar uma resposta à altura do investimento inicial, não se sabe.

Nove dos dezoito clubes ligados à Federação Amazonense de Futebol têm sede em Manaus, mas somente um deles, no momento, está qualificado para jogar a Série D, a mais modesta do Campeonato Brasileiro. Os demais vêm se acomodando como podem nas disputas pelo estadual ao longo de muitas décadas.

2013, 19 de maio.  Nacional FC e Princesa SEC se enfrentaram no estádio do SESI, em Manaus, pelas finais do Campeonato Amazonense / 2013, assistidos por 2.924 pessoas. A projeção de público para depois da Copa / 2014, segundo estudos da Play The Game, uma ONG dinamarquesa que trabalha pela transparência no esporte, está dentro desta média ou um pouco acima, como na final do amazonense de 2012 que registrou 3.896 pessoas, também no estádio do SESI.

Arena Pantanal
Construída pela empresa Mendes Júnior, a Arena Pantanal tem um custo previsto de R$ 420 milhões, e depois da Copa deve ser palco de jogos do CE Dom Bosco, prestes a se tornar um clube-empresa para tentar voltar à elite do futebol mato-grossense, do Mixto EC, que atualmente joga a Série D do Campeonato Brasileiro, e do Cuiabá EC que está na Série C.

A capacidade do complexo é para 42.500 pessoas, mas as previsões mais otimistas indicam que depois do evento Copa do Mundo, menos de 5% das acomodações do estádio serão ocupadas por torcedores nos jogos.

Arena das Dunas
ABC FC e América FC estão na Série B do Campeonato Brasileiro. O problema de público em Natal, no estádio que terá capacidade para 31.375 pessoas após a Copa, parece não ser tão grave assim. Porém, é possível que o ABC prefira jogar no seu próprio estádio, o Frasqueirão, para favorecer a sua qualidade de mandante. Quanto ao América, este ainda não entrou em acordo com a Federação Norte-Rio-Grandense de Futebol quanto à futura gestão do estádio.

Estádio Nacional de Brasília "Mané Garrincha"
Em se tratando de futebol, em Brasília a coisa não é muito diferente do que pode ocorrer nos outros três complexos esportivos.

Associação Botafogo Futebol Clube, Brasília Futebol Clube, Brasiliense Futebol Clube, Sociedade Esportiva Brazlândia, Capital Clube de Futebol, Sociedade Atlética Ceilandense, Ceilândia Esporte Clube, Sociedade Esportiva do Gama, Legião Futebol Clube, Associação Atlética Luziânia (GO), Sobradinho Esporte Clube e Unaí Esporte Clube (MG), disputaram o Campeonato Brasiliense / 2013, e não conseguiram atrair nem 1.000 torcedores em seus jogos. A salvação da lavoura foi o Gama que, em média, chegou aos 2648 torcedores por partida. Assim mesmo, as perspectivas para depois não são alviçareiras.
Por enquanto, Brasília FC, na Série D, e Brasiliense FC, na C, são os representantes mais famosos do Distrito Federal.

Depois da Copa  o estádio vai ser entregue a uma empresa privada, a qual, sem poder contar com o futebol, vai ter que preencher os 71.000 lugares disponíveis com alguma freqüência para não deixar com que a monumental construção se torne somente um atrativo turístico.

¿Como estará o Brasil depois da Copa / 2014?
¿E depois dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro?





segunda-feira, 3 de junho de 2013

O CAMPEONATO GAÚCHO DE 1933

Novembro de 1933. Para a 13ª edição do Campeonato Gaúcho de Futebol foi adotada a mesma fórmula das disputas anteriores, em que uma fase final seria disputada em Porto Alegre entre os campeões de cada região. Assim, Grêmio FBPA (Porto Alegre), campeão da Região Metropolitana (1ª Região), EC Novo Hamburgo (Novo Hamburgo), campeão da Região Nordeste (2ª Região), Riograndense Futebol Clube (Santa Maria), campeão da Região Serra (5ª Região), SC São Paulo (Rio Grande), campeão da Região Litoral (6ª Região) e SC Universal (Uruguaiana), campeão da Região Fronteira (8ª Região), se qualificaram para disputar o título de Campeão Gaúcho de 1933.

A Região Fronteira, sub-dividida em duas outras regiões, a 8ª, composta pelos clubes de Alegrete e Sant'ana do Livramento, e a 9ª, com os representantes de Itaqui, São Borja e Uruguaiana, teve o seguinte desdobramento, segundo Nilo Dias Tavares, editor do blog Museu Virtual do Futebol:
O Guarani FC, de Alegrete, se classificou, eliminando o Independente FC, de Livramento. O 14 de Julho, de Itaqui, derrotou o 14 de Julho, de São Borja, e depois perdeu para o Universal, de Livramento. O jogo final entre Guarani e Universal foi realizado em 5 de novembro, na cidade do Alegrete, reduto do Guarani que dois anos antes havia sido vice-campeão do Estado e que mantinha boa parte do antigo grupo. O desconhecido Universal era uma incógnita, pois os clubes tradicionais de Uruguaiana eram o Ferro Carril e o Uruguaiana.
Mesmo jogando fora de casa, o Universal venceu por 3 a 2, classificando-se para as finais do campeonato gaúcho.

Na Região Litoral/Sul (6ª região) o SC Pelotas, campeão pelotense, enfrentou, em 30 de outubro, o SC São Paulo, campeão rio-grandino, no Estádio Dr. Augusto Simões Lopes (Estação Central Estrada de Ferro), em Pelotas.
O São Paulo [que formou com: Odorico, Valantim, Fernando; Quico, Vadi, Riquinho; Cardeal, Archimino, Darcy Encarnação, Ballester e Mario] venceu o Pelotas [de: Figueira; Antoninho, Botão; Luthier, Mascarenhas; Tristão, Benjamim, João Pedro, Tutu, Mario reis e Chico] por 3 a 2. Uns dias antes, o SC São Paulo havia vencido o EC Vitoriense por 5 a 3, em Rio Grande, e depois de jogar contra o Pelotas, venceu também o GE Bagé, por 2 a 1, em Rio Grande, qualificando-se para jogar as finais em Porto Alegre.

Da Região Serra temos registro do resultado de dois jogos, dentre os que culminaram com a classificação do Riograndense FC, de Santa Maria: Guarany FC (Cachoeira do Sul) 1 x 2 Riograndense FC (Santa Maria); Grêmio Riograndense FC (Cruz Alta) 2 x 6 Riograndense FC (Santa Maria).

Nossas pesquisas não alcançaram êxito em se tratando dos jogos da Região Nordeste, cujo desdobramento qualificou o EC Novo Hamburgo para as fases finais do campeonato.

A jornada do Grêmio FBPA foi mais complicada do que a enfrentada pelos que seriam os seus futuros adversários, uma vez que teve que jogar contra cinco adversários, em turno e returno, até chegar ao título metropolitano [da Associação Metropolitana Gaúcha de Esportes Atléticos (AMGEA)] que lhe deu a classificação para as finais do Campeonato Gaúcho de 1933. Vejamos:

Participantes:
SC Americano; EC Cruzeiro; Grêmio  FBPA; SC Internacional; FBC Porto Alegre; EC São José.

Fase Final - 1º Turno

1ª Rodada
02/04 - Americano 2 x 2 Cruzeiro
09/04 - Grêmio 5 x 3 Internacional
16/04 - São José 4 x 2 Porto Alegre

2ª Rodada
30/04 - Cruzeiro 1 x 3 Internacional
07/04 - Porto Alegre 1 x 5 Grêmio
11/06 - São José 0 x 2 Americano

3ª Rodada
23/04 - Grêmio 2 x 0 Americano
04/06 - Internacional 5 x 1 Porto Alegre
23/07 - Cruzeiro 1 x 2 São José

4ª Rodada
14/05 - Internacional 5 x 2 São José
28/05 - Cruzeiro 1 x 6 Grêmio
16/06 - Americano 4 x 1 Porto Alegre

5ª Rodada
27/06 - Porto Alegre 2 x 2 Cruzeiro
02/07 - Grêmio 7 x 0 São José
16/07 - Americano 0 x 4 Internacional

Fase Final - 2º Turno

1ª Rodada
06/08 - Cruzeiro 2 x 0 Americano
13/08 - Internacional 2 x 3 Grêmio
20/08 - Porto Alegre 3 x 2 São José

2ª Rodada
03/09 - Internacional 2 x 5 Cruzeiro
07/09 - Grêmio 2 x 1 Porto Alegre
29/10 - Americano 1 x 4 São José

3ª Rodada
27/08 - Americano 0 x 1 Grêmio
22/10 - Porto Alegre 2 x 8 Internacional
03/12 - São José 0x 3 Cruzeiro

4ª Rodada
10/07 - São José - POA 0 x 2 Internacional
01/10 - Porto Alegre 1 x 3 Americano
15/10 - Grêmio 6 x 3 Cruzeiro

5ª Rodada
05/11 - São José 2 x 4 Grêmio
26/11 - Internacional 4 x 0 Americano
26/11 - Cruzeiro - POA 1 x 0 Porto Alegre

Classificação Final - Região Centro

Equipe          PP J   V   E  D GP  GC   S
Grêmio          0 10 10 00 00 41  13   28
Internacional  6 10 07 00 03 38  19   19
Cruzeiro       10 10 04 02 04 20  23    -3
Americano    13 10 03 01 06 12  21    -9
São José       14 10 03 00 07 16  30  -14
Porto Alegre  17 10 01 01 08 14  35  -21

Grêmio - Campeão da AMGEA; classificado para o Campeonato Gaúcho 1933.

No seu blog Museu Virtual do Futebol, o jornalista Nilo Dias Tavares conta assim a trajetória do SC Universal [de Uruguaiana] no Campeonato Gaúcho de 1933, quando este foi adversário do Grêmio logo em seguida:

"O Universal teve o azar de enfrentar o Grêmio Porto-Alegrense, representante da capital. Na época, o tricolor possuía um time muito forte, onde despontavam Foguinho, Luiz Carvalho e Laci, entre outros. O Universal até que começou bem o jogo, marcando 1 X 0, gol marcado por Prato, na cobrança de pênalti. Foi o que bastou para o onze porto-alegrense partir com tudo para cima do adversário. Sardinha II empatou, logo em seguida Foguinho fez 2 X 1 e também o terceiro gol, para Nenê determinar o placar do primeiro tempo, 4 X 1. No segundo período houve um rosário de gols: Foguinho fez 5 X 1, Comaru 6 X 1, Nenê fez dois e o escore subiu para 8 X 1, Jango descontou para os uruguaianenses, Luiz Carvalho aumentou para 9 X 2, o Universal errou um pênalti, Laci marcou mais duas vezes, fazendo 11 X 2 e Luiz Carvalho fechou a conta, 12 X 2. Data: 12/11/1933; Local: Chácara das Camélias, em Porto Alegre; Árbitro: Carlos Ribeiro da Silva; Grêmio: Leal; Dario e Sardinha; Adão, Poroto e Sardinha II; Lacy, Comaru, Luiz Carvalho, Foguinho e Nenê. Universal: Muruzzi; Cocaro e Leães; ChambiI, Prato e Marreco; Medina, Janguinho, Chambi II, Jango e Marcelino."

Assim, habilitou-se o Grêmio FBPA ao jogo final que decidiria o Campeonato Gaúcho de 1933. O adversário do tricolor de Porto Alegre foi definido pelas disputas entre os campeões das regiões Nordeste, Serra e Litoral, ou seja, respectivamente, Novo Hamburgo, Riograndense e São Paulo. A melhor equipe, dentre as regiões Nordeste e Serra, enfrentaria o São Paulo, campeão do Litoral.

Em 11 de novembro, no Fortim da Baixada, o campo do Grêmio, o Novo Hamburgo [de: Grehs; Scherer e Magalhães; Vanzetti, Mena e Alemão; Nonô, Vasim, Luiz, Werner e Nenê] goleou o Riograndense [de: Mefrone; Beretta e Assis; Bopp, Leite e Marques; Napoleão, Rabiba, Bicca, Emílio e Grillo] por 4 a 1.
Nonô, com três gols e Werner, marcaram para o Novo Hamburgo; Grillo, fez o gol do Riograndense. Árbitro: Jean Ryff.

No feriado do dia 15, na Chácara das Camélias, estádio do Fussball Club Porto Alegre, e com arbitragem de Waldomiro Vasques, foi a vez do São Paulo [de: Odorico; Valentino e Fernando; Quico, Vadi (Darci Encarnação) e Riquinho; Cardeal, Oscar, Darci Encarnação (Cucco), Ballaster e Scalla] jogar contra o Novo Hamburgo [de: Grehs; Fogareiro e Magalhães; Vanzetti, Mena e Alemão; Nonô, Vasim, Luiz, Werner e Nenê]. O jogo terminou em 2 a 2. Na prorrogação deu São Paulo, 1 a 0.
Goleadores: Ballaster, aos 12, e Darci Encarnação - de pênalty-, aos 31 minutos, para o São Paulo; Nenê, aos 34, e [depois] aos 33 minutos do 2º tempo, para o Novo Hamburgo.
Na prorrogação, Cucco, aos 3 minutos do tempo final, fez - de pênalty - para o SC São Paulo, que se classificou para enfrentar o Grêmio FBPA.

19 de novembro. O Grêmio [de: Lara; Dario e Sardinha I; Heitor, Poroto e Sardinha II; Lacy, Comarú, Luiz Carvalho, Foguinho e Nenê] enfrentou o São Paulo [de: Odorico; Valentino e Fernando; Quico, Darci Encarnação e Riquinho; Archimínio, Cardeal, Oscar, Ballaster e Scalla] no campo do SC Internacional, o Estádio Ildo Meneghetti, o chamado estádio dos Eucaliptos.
Darci Encarnação, de pênalty, marcou primeiro para o São Paulo, aos 11 do primeiro tempo. A 9 minutos do final, já no segundo tempo, o Grêmio conseguiu chegar ao empate , através de Nenê. Mas 2 minutos depois, aos 38, Cardeal marcou o gol do título.

Sagrava-se campeão gaúcho o clube que 25 anos antes fora modestamente fundado por filhos de imigrantes portugueses, italianos e poloneses que trabalhavam na ferrovia.
Do site do SC São Paulo vem esta narrativa:
SC São Paulo - campeão gaúcho / 1933
imagem:Wikimedia Foundation, Inc.

    "Impedidos de participar pela elite que dominava o comando do então jovem Sport Club Rio Grande, restava-lhes assistirem os treinamentos na saída das oficinas onde trabalhavam. Eis que na primavera de 1908, quando assistiam um dos treinamentos, viram que num chute mal dado a bola foi parar nas macegas do campo que era fronteiro ao cemitério local. O menino Alexandre Lempek, ajudante de ajustador foi escalado pelos mais velhos a ficar de plantão, na torcida de que o precioso objeto importado fosse esquecido. Terminado o treino, não deu outra. A bola perdida foi recolhida e entregue aos jovens idealistas, que às 14h do dia 4 de outubro de 1908, em um terreno a Rua Rheingantz, fronteiro ao Cemitério Católico, que pertencia a Companhia Auxiliar de Estradas de Ferro do Brasil, fundaram o Sport Club São Paulo."

Fontes:
Rec.Sport.Soccer Statistics Foundation
Sport Club São Paulo
blog Museu Virtual do Futebol
blog História do Futebol

BATISTELLA FUTEBOL CLUBE?

2021, 25 de dezembro. Observem e analisem a imagem mostrada em anexo e tentem adivinhar, sem consultar o Google, em que cidade se localiza ...