Durante a Idade Média o Halloween foi condenado na Europa, quando passou a ser chamado de Dia das Bruxas. Aqueles que ousassem comemorá-lo eram perseguidos e condenados à fogueira pela Inquisição. Neste início de século o Vaticano também condenou o Halloween, denominando-a como uma festa anti-cristã.
Mas, condenações à parte, o nome "Halloween", segundo esse mesmo historiador, tem seu nome inspirado na expressão "all hallow's eve", que significa a “véspera de todos os santos”.
Dizem que a história dessa data comemorativa tem mais de 2500 anos e surgiu entre os celtas - povo que habitava as Ilhas Britânicas. Eles acreditavam que em 31 de outubro, último dia oficial do verão, os espíritos saiam dos cemitérios para tomar posse dos corpos dos vivos. Ninguém queria que isso acontecesse e, para assustar os fantasmas, todos colocavam no interior e exterior de suas casas, objetos assustadores como, por exemplo, caveiras e ossos decorados.
"Entre todos os desalmados, destaca-se a antiga lenda de Stingy Jack. Segundo o mito irlandês, ele teria convidado o Diabo para beber com ele no dia do Halloween. Após se fartarem em bebida, o astuto Jack convenceu o Diabo a se transformar em uma moeda para que a conta do bar fosse paga. Contudo, ao invés de saldar a dívida, Jack pregou a moeda em um crucifixo.
Para se livrar da prisão, o Diabo aceitou um acordo em que prometia nunca importunar Jack. Dessa forma, ele foi libertado e nunca mais importunou o homem. Entretanto, Jack morreu e não foi aceito nas portas do céu por ter realizado um trato com o demônio. Ao descer para os infernos, também foi rejeitado pelo Diabo por conta do trato que possuíam. Vendo que Jack estava solitário e perdido, o demônio lhe entregou um nabo com carvão que lhe serviu de lanterna.
Ao chegarem à América do Norte, os irlandeses trouxeram a festa do Halloween para as Américas e transformaram a lanterna de Jack em uma abóbora iluminada com feições humanas. Os disfarces e máscaras, tão usadas pelos participantes da festa, seriam uma forma de evitar que fossem reconhecidos pelos espíritos que vagam neste dia." (Rainer Sousa - A Origem do Halloween).
Apesar de muitos brasileiros argumentarem que a data não tem nada a ver com a nossa cultura, e portanto não deveria ser digna de atenção, nem comemoração, a realidade vai levando de roldão essa corrente de pensamento. Nas escolas e no comércio, principalmente, a divulgação do Halloween é cada vez mais intensa a cada ano que passa. O Dia do Saci, cria artificial do governo brasileiro em 2005, e que é comemorado também no dia 31 de outubro, tenta, em vão, reverter o quadro.