sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O PORTUGUÊS: DE PORTUGAL; E DO BRASIL.

A língua portuguesa do Brasil tem muitas variações em relação à escrita [e falada] em Portugal. Dá até para dizer que aqui, diante da existência de uma infinidade de palavras de origem indígena, e das que vieram de outros países europeus, asiáticos e do continente africano, não se fala mais o Português, mas sim o Brasileiro.
A partir de 2009 os países de língua portuguesa, por decreto, resolveram unificar a escrita do Português. Não deu certo, está visto. No Brasil, por exemplo, houve um monte de alterações. A gente tentou acompanhar as mudanças, mas não deu para assimilar tudo. Enquanto isto, lá em Portugal..., tudo como d'antes no quartel de Abrantes!
A reforma valeu só para nós, trouxas brasileiros que, na medida do possível, tentamos seguir a cartilha que nos foi imposta. Os lusos continuam escrevendo do mesmo jeito. Um exemplo: a palavra "atualmente", lá ainda é "actualmente", com direito àquele sotaque em que eles "comem" as vogais e só pronunciam as consoantes. O hábito de "engolir" as vogais certamente foi adquirido há mais de 600 anos, numa tentativa ridícula de transformar [em vão] a pronúncia da língua portuguesa em uma coisa parecida com a da língua inglesa, configurando um ato de puxa-saquismo histórico em função da aliança diplomática luso-britânica de 1373. Se não foi vontade expressa de bajular os ingleses, então foi por vaidade. Pronunciar as palavras daquele jeito, dava um certo status britânico. E assim os tais trejeitos lingüísticos - lasquei um trema no "u", em "linguísticos" - viraram moda e, depois, hábito. Dependendo da velocidade com que eles juntam uma palavra com outra, em cada frase, não dá para entender quase nada. Eu quase preferiria que eles falassem Inglês. Talvez fosse mais fácil entendê-los.

Para ninguém pensar que este post é uma afronta à gente de Portugal, cá, como lá, a língua portuguesa, se não sofre grandes alterações na sua pronúncia, apresenta grandes aberrações , que de tão graves mereceram [aqui] referência com o acompanhamento de uma redundância. Isto me traz à lembrança uma expressão muito utilizada nos setores esportivos, tanto no rádio quanto na televisão, como no exemplo: "O Goiás vai disputar a grande final contra o Independiente, da Argentina!", ou então: "O Santos é o grande campeão da Copa do Brasil!". Ora, ser campeão já é ser grande! A final de um certame já é uma coisa grandiosa! Não precisa dizer "grande campeão", nem "grande final", basta dizer "final" ou "campeão", só isto, sem adjetivos redundantes.
Mas voltando às tais aberrações, aqui [no Brasil] a coisa é pior do que em Portugal. O pecado mortal reside na escrita, e eu nem preciso me estender mais, até porque, como já disse [e cansou de repetir] o professor Getúlio Moraes, lá de Bagé, RS, "Uma imagem vale mais do que mil palavras!", em alusão ao provérbio de origem chinesa.
As fotos vieram por courriel. O colaborador é o meu amigo Rodrigo Leitzke Granada, que está de aniversário neste dia 4 de dezembro. Parabéns, Rodrigo!
Através delas - das fotos, eu quero dizer - dá para se ter uma idéia do "poder de fogo" dos assassinos da língua portuguesa aqui no Brasil. E isto tudo não quer dizer que eu também não cometa meus erros crassos, mesmo que tente escrever tudo certinho. É com se diz a uma visita quando esta se depara com a nossa casa toda desarrumada: "Não repare a bagunça!".


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