Estados Unidos, 1860. Os Estados do Norte iniciavam uma política de forte industrialização, enquanto os do Sul mantinham-se firmes em sua crescente produção de algodão, visando o aumento das exportações para a Europa. O valor dessas exportações representava, a essa altura, 57% da produção nacional. Ciente, há muito tempo, dessa superioridade, o Sul estava convencido de que deveria exercer o papel principal na administração da União, e portanto seus interesses deveriam prevalecer.O Norte e o Sul discordavam em dois pontos principais:
- Enquanto o Sul queria tarifas de importação e exportação baixas para favorecer o seu comércio de algodão com a Europa, o Norte, em franco processo de industrialização, pretendia o aumento dessas taxas, visando a proteção contra a concorrência estrangeira. O objetivo do Norte era a formação de um mercado interno onde ele compraria o algodão do Sul, industrializando o produto de modo a produzir as manufaturas necessárias ao país;
- O trabalho escravo que era o motor da produção agrícola do Sul, tendia a crescer por lá, o que não era aceito pelos Estados do Norte que defendiam a ocupação de novos territórios pelo trabalho livre de pioneiros e imigrantes.
Pronto, estava aberto o precedente que faltava. O Compromisso Clay, assinado em 1850, delegou à população de cada Estado o direito de decidir sobre a escravidão, reescrevendo o Acordo de Mississípi.
Ferveram as mentes de ambos os lados, e a divisão de opiniões transformou-se em divisão geográfica, separando os Estados do Norte dos Estados do Sul. Uma guerra civil estava prestes a acontecer.
Fonte de Consulta ARRUDA, J. J. de A. História Moderna e Contemporânea. São Paulo, Ática, 1974. (P. 220/223)
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