Estas são imagens do Envisat - o maior satélite de observação
em atividade - e destacam o recuo da costa do Mar de Aral entre 2006 e 2009.
imagem obtida do site Apolo 11 |
O Mar de Aral, localizado entre o Cazaquistão e o
Uzbequistão, e que já foi um dos quatro maiores do mundo, ao longo dos últimos
50 anos vem diminuindo por conta de um projeto soviético de irrigação que
depois – hoje se vê - causou este desastre ambiental.
Até o final da década de 1980, ele se dividiu em Mar de Aral
Pequeno (norte), localizado no Cazaquistão, e em forma de ferradura Mar de Aral
Grande (sul), compartilhada pelo Cazaquistão e Uzbequistão.
Em 2000, o Mar de Aral Grande estava dividido em dois - um
lobo oriental e ocidental. As imagens mostram que entre 2006 e 2009 o lobo
oriental recuou bastante, parecendo, nesse período, ter perdido cerca de 80% de
sua água.
O dique Kok-Aral, um projeto conjunto do Banco Mundial e do
governo do Cazaquistão, foi construído entre as seções do norte e do sul do mar
para evitar que a água flua para o trecho sul. Desde a sua conclusão em 2005, o
nível da água subiu na parte norte uma média de 4 m.
A evaporação do Mar de Aral deixou para trás uma zona salina
de 40.000 Km², agora chamada de Deserto de Karakum do Aral. A cada ano, as
tempestades de areia violentas arrastam, pelo menos, 150.000 toneladas de sal e
areia do Karakum de Aral através de centenas de quilômetros, causando graves
problemas de saúde para a população local e produzindo invernos regionais mais
frios e verões mais quentes. Na tentativa de atenuar esses efeitos, os governos
estão plantando vegetação adaptável à condição seca/salina no antigo leito do
Mar de Aral.
imagem obtida do site National Geographic |
Em 2007, o governo do Cazaquistão garantiu mais um
empréstimo do Banco Mundial para implementar a segunda etapa, que inclui a
construção de uma segunda barragem, do projeto que visa inverter essa
catástrofe ambiental causada pelo homem.
O Envisat obteve as imagens acima, em 1o de
Julho de 2006 e 6 de julho de 2009, através do Medium Resolution
Imaging Spectrometer (MERIS), enquanto trabalhava no modo de resolução completa
para proporcionar uma resolução espacial de 300 m.
A imagem do Google Earth/2016 – abaixo – dá a entender
que, em relação a 2009, houve uma certa recuperação no volume de água do Mar de
Aral, tendendo o mesmo a voltar à situação mostrada em 2006, mas ainda muito longe do que era antes da desastrosa intervenção humana lá no início dos 60's.
Fontes:
http://earthobservatory.nasa.gov/Features/WorldOfChange/aral_sea.phphttp://www.apolo11.com/display.php?imagem=imagens/etc/imagem_satelite_mar_aral_2009_big.jpg
https://www.google.com.br/maps/@45.580275,58.4037179,501046m/data=!3m1!1e3?hl=pt-BR http://news.nationalgeographic.com/news/2010/04/100402-aral-sea-story/
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