As reuniões do Grupo Escoteiro Dom Diogo de Souza, em Bagé, RS, eram aos sábados, a partir das 14 horas. Fui lá e me apresentei, digo, a minha mãe foi junto - para me matar de vergonha – e falou com o chefe dos escoteiros. Fui integrado ao grupo na tropa 2, porque a tropa 1 já estava completa. Foi a fórmula encontrada para dar conta do “enxame” de garotos que resolveu aparecer por lá – coincidência, ou não – uma ou duas semanas depois do Dia da Independência.
Não sei se o governo militar no Brasil tinha alguma relação com o Movimento Escoteiro, mas eu logo descobri que não tinha muita aptidão para aquela rigidez toda. O regime era de quartel, e com direito a enérgicos xingamentos por parte dos chefes das duas tropas.
Resisti por dois anos. Mas durante o tempo em que estive por lá, levei a sério as leis do escoteiro e, por incrível que pareça, procuro segui-las até hoje.
Quando a “febre” do escotismo baixou e mais da metade dos participantes do grupo abandonou as reuniões, desfez-se a tropa 2, na qual eu servia, integrando a patrulha Cobra. Fui designado para a patrulha Águia que fazia parte da antiga tropa 1.
O lema "voar alto" [escrito na bandeirola de feltro verde e preto], o símbolo e o "grito" da Águia ficaram para sempre gravados nas minhas boas lembranças:
Cri, cri, cri!
A Águia está aqui
Voando
Ganhando
A Águi-a!
Nenhum comentário:
Postar um comentário