Em seguida dispus-me a pesquisar as circunstâncias do flagrante. Pois um impressionante relato foi obtido a partir desta referência fotográfica. O local é Oradour-Sur-Glane, um vilarejo localizado a uns quatrocentos quilômetros (eu acho) a sudoeste de Paris, na provÍncia de Haute-Vienne, na região de Limousin.
1944, 10 de junho. Adolf Diekmann, comandante de um batalhão da divisão SS Sturmbannführer, comunicou a seus oficiais subordinados que havia sido avisado por dois civis [colaboracionistas] franceses de região próxima a Oradour-Sur-Glane que um oficial SS tinha sido sequestrado por guerrilheiros e, em breve, seria executado e queimado à vista de todos.
No começo da tarde desse mesmo dia, os pelotões da SS cercaram e fecharam a vila de Oradour e o comando convocou toda a população para a praça principal com a alegação de efetuar uma verificação de documentos. Homens e mulheres foram separados, os homens foram levados para celeiros e garagens das redondezas e as mulheres e crianças foram trancadas na igreja do vilarejo.
Nos celeiros, soldados SS, com metralhadoras montadas em tripés, esperavam pelos homens da vila que foram todos fuzilados. Os celeiros e garagens foram queimados com os corpos dentro. Dos 195 homens de Oradour presos, apenas 5 escaparam. Enquanto isso, outros SS jogavam tochas incendiárias dentro da igreja onde se encontravam trancadas as mulheres e crianças, causando um incêndio generalizado. Os sobreviventes que tentavam escapar pelas janelas eram metralhados por soldados colocados em posição do lado de fora. Apenas uma mulher, Marguerite Rouffanche, conseguiu escapar entre as 452 mulheres e crianças que morreram carbonizadas na chacina, pulando por um pedaço de janela quebrada pelo fogo sem ser percebida. Após a imolação, a tropa queimou toda a vila.
Em poucas horas, 642 pessoas, de um total de pouco mais de 1000 habitantes, foram mortas pelas SS em Oradour-Sur-Glane.
Após a guerra as ruínas de Oradour-Sur-Glane foram tombadas e transformadas em memorial [à crueldade da ocupação nazista na França] pelo [então] Presidente Charles De Gaulle.
Fonte: Wikipédia
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