Luiz Pineda Mendes, conhecido como Luiz Mendes (Palmeira das Missões, RS, 09/06/1924) é comentarista esportivo e trabalha na Rádio Globo desde 1950, mais recentemente como comentarista da Rádio Globo AM. Em 1995, integrou a equipe de esportes da Super Rádio Tupi, retornando à Rádio Globo em 1999. É conhecido como O comentarista da palavra fácil.
"A trajetória de Luiz Mendes se confunde com a própria história do rádio e da televisão no Brasil, e ainda traz o testemunho vivo das 16 Copas do Mundo que acompanhou, a maioria delas como locutor ou comentarista".
"A trajetória de Luiz Mendes se confunde com a própria história do rádio e da televisão no Brasil, e ainda traz o testemunho vivo das 16 Copas do Mundo que acompanhou, a maioria delas como locutor ou comentarista".
Conta o jornalista Luiz Mendes, em um artigo publicado anteriormente no site da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, que a expressão "torcedor", em referência à pessoa que admira ou tem preferência por uma equipe, clube ou atleta praticante de algum esporte, originou-se de um relato de Coelho Neto, poeta, cronista e torcedor apaixonado do Fluminense:
"No começo do futebol, ir ao estádio era um ato de elegância, principalmente, no Fluminense. Por isso o Fluminense até hoje tem essa fama de clube aristocrático. As mulheres se enfeitavam como se fossem ao Grande Prêmio Brasil, colocavam vestidos de alta costura, chapéus, luvas. Mesmo que a temperatura na cidade estivesse por volta dos 40º graus, elas iam de luvas. Como o calor era muito grande, elas tiravam as luvas e ficavam com as luvas nas mãos, e como ficavam nervosas com o jogo, elas as torciam ansiosamente. Os homens usavam a palheta, um chapéu de palha muito comum na época, muito elegante e também ficavam com o chapéu na mão (...). O Coelho Neto (...) era pai de dois jogadores do Fluminense: do Preguinho, que foi o primeiro homem a fazer um gol pela seleção brasileira em uma Copa do Mundo; e do Mano, que morreu em conseqüência de um jogo de futebol, levou uma bolada e acabou morrendo. Pois o Coelho Neto escreveu uma crônica em que ele usava a expressão 'as torcedoras', referindo-se às mulheres, e dali a expressão pegou e [então] nasceu 'a torcida'. Havia quem dissesse que torcida vinha do fato de as pessoas torcerem os fatos, de o torcedor torcer os fatos a favor de seu clube, mas não foi daí que o termo veio, não. Apesar de que quem torce, realmente torce as coisas e até distorce. Mas, na verdade, não foi por isso, foi mesmo pelo gesto das moças, principalmente, das que torciam as luvas entre as mãos".
Luiz Mendes
Colaboração Ademir Kusma