Colaboração Angela Madail
Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o dono da fazenda
abrindo um pacote. Guloso como era, pensou logo nos tipos de comida que
poderiam estar contidos ali. Quando percebeu que era uma ratoeira ficou
aterrorizado. Correu, aos berros, pelo pátio da fazenda advertindo a todos os
animais:
- HÁ UMA RATOEIRA NA CASA... UMA RATOEIRA NA CASA!
Ao que a galinha disse:
- Sr. Rato, eu entendo que isso seja um problema terrível para o
senhor, mas para mim não é!
O rato foi então falar com o porco:
- HÁ UMA RATOEIRA
NA CASA... Uma ratoeira na casa!
- Desculpe-me Sr. Rato – disse o porco – mas não há nada que eu
possa fazer, a não ser rezar pela sua alma. Fique tranqüilo que o senhor será
lembrado em minhas orações!
O rato, já desanimando, dirigiu-se à vaca:
- Há uma
ratoeira na casa...
A vaca então, às gargalhadas disse:
- O que Sr. Rato? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Com
certeza, não.
Triste com a indiferença dos seus companheiros, o rato voltou
para a casa, abatido e cabisbaixo, já preparado para encarar a ratoeira armada
pelo fazendeiro.
Naquela noite, ouviu-se pela casa o barulho da ratoeira
prendendo alguma coisa. A mulher do fazendeiro correu para ver se o rato havia
sido morto. Como estava escuro, ela não percebeu que a ratoeira, em verdade,
prendera a cauda de uma cobra. Ao aproximar-se foi então picada.
O fazendeiro levou a mulher imediatamente ao hospital. Ela
voltou com febre. Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada
melhor que uma canja de galinha.O fazendeiro foi então ao galinheiro para
providenciar o ingrediente principal. Como a mulher continuava doente, os
amigos e parentes vieram visitá-la. Para alimentá-los o fazendeiro matou
o porco. A mulher não melhorou, ao contrário, acabou morrendo. Muitos vieram
para os funerais. O fazendeiro então sacrificou a vaca para poder
alimentar a toda aquela gente.
Moral da história: 'Quando há uma única ratoeira na casa, toda a
fazenda corre perigo!'
- O problema de um é problema de todos quando convivemos em
grupo. E a razão do homem não consegue prever todos os desdobramentos possíveis
a ponto de decidir com clareza “nunca
vai acontecer nada de mal comigo”, apesar de nossa pretensa racionalidade.
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