Assim, em desordenado processo de miscigenação e multiplicação, aliado ao despreparo educacional e cultural, proporcionais à falta de oportunidade e ao descaso do poder público, muitos brasileiros se viram forçados – e até hoje isto é assim – a construir suas moradias desordenadamente, sem atentar para quaisquer regras de urbanismo ou de utilização de espaço público.
Ouve-se dizer que a origem do termo “favela” vem lá de 1897, quando muitos combatentes que lutaram a favor do exército brasileiro na Guerra de Canudos, que ocorreu no interior da Bahia, foram para o Rio de Janeiro acreditando na promessa do governo de lhes conceder moradia na então capital federal. O governo não cumpriu a promessa.
Então os combatentes ergueram uma comunidade de casebres por eles chamada de Morro da Favela. A explicação para o nome é porque no local havia grande quantidade de um arbusto chamado Favela, comum no sertão baiano. A partir de então a palavra passou a ser utilizada para designar aglomerações de habitações construídas pelos próprios moradores, com características próprias que iam do rústico ao desarmônico, além de carentes de serviços complementares básicos, tais como rede de água e esgotos e energia elétrica.
Quando se ouve falar no termo “favela”, a gente lembra, em primeiro lugar, das existentes na cidade do Rio de Janeiro, embora saibamos que por todo o Brasil elas estão espalhadas.
Em todas – n’algumas mais, n’outras menos -melhorias têm sido implantadas ao longo dos anos, em função da mobilização das suas populações e através do auxílio dos governos que passaram a incentivar a regularização de posse dos terrenos e a se preocupar com as infraestruturas de base, outrora inexistentes nesses locais.
A imagem acima foi obtida através do Google Earth Street View e mostra uma parte da Favela do Morro dos Prazeres, no Rio de Janeiro, RJ.
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