A Willys, uma fábrica independente que nos tempos da II Guerra Mundial produzia o Jeep para o exército norte-americano, descobriu no Brasil uma boa oportunidade de expandir sua produção, imaginando que as estradas rurais do país seriam o palco ideal para os seus robustos veículos. Assim, em 1952, uma fábrica da Willys foi assentada em São Bernardo do Campo, SP, e em 1956, os Jeeps já começavam a ser montados com peças fabricadas no Brasil, enquanto a Station Wagon, produzida pela Willys nos Estados Unidos, era importada para o Brasil.
Em 1958 a Willys Station Wagon começou a ser fabricada no Brasil, e passou a ser chamada de Rural-Willys, apesar de manter as linhas do modelo americano, cujo detalhe característico era a pintura "saia-e-blusa" (azul e branca, verde e branca ou vermelha e branca).
"Nos primeiros tempos a mecânica era tão rústica quanto a dos Jeep. O motor a gasolina, de seis cilindros e 2.638cc, rendia 90 cavalos. O câmbio era de três marchas, com caixa de transferência para tração 4x4. Havia eixos rígidos na dianteira e na traseira".
Jason Vogel - jornal O GLOBO, RJ de 10/06/1998.
Mas quem tinha uma Rural-Willys não a utilizava só no meio rural, e foi pensando nisto que a Willys do Brasil resolveu fazer algumas mudanças a partir de 1960: O pára-brisa e o vidro traseiro, que antes eram divididos ao meio, passaram a ser inteiriços; a grade frontal que, ao contrário dos vidros, era uma peça única, foi modificada, sendo dividida em duas partes, acompanhando a incorporação de área frontal sobre os pára-lamas dianteiros. Creio que estas modificações já faziam parte da Rural 4x2 que, entre outras novidades, apresentava a alavanca de câmbio de três marchas [mais a ré] na coluna de direção, suspensão independente na dianteira com molas helicoidais, ao invés do eixo rígido com feixes de molas.
Em 1967 a Ford incorporou a Willys-Overland do Brasil, mantendo as linhas Jeep e Rural e lançou uma Rural-Willys com um motor 3.0 de 140 CV que tinha dois carburadores. Em função dessas modificações, apareceu uma versão de 4 marchas.
Com a crise petrolífera de 1973, o chamado “Milagre Econômico Brasileiro” sofreu um débâcle, e a Ford por aqui passou a equipar a Rural com o motor 2.3 de quatro cilindros do Maverick. Mas os quase 30 anos de idade da linha Rural-Willys pesaram muito, e em 1976 a fabricação desse veículo foi encerrada, mantendo-se em produção [até 1982] somente a Pick-Up Jeep F-75.
"Para os padrões de hoje, a Rural é um carro lento e beberrão (cerca de 6,5 Km/l na estrada, na versão 4x2 com motor 2.6). Mas o que importa num carro desses é a resistência: mesmo alquebradas, muitas Rural continuam prestando serviços em cidades do interior ou para jipeiros e feirantes".
Mas quem tinha uma Rural-Willys não a utilizava só no meio rural, e foi pensando nisto que a Willys do Brasil resolveu fazer algumas mudanças a partir de 1960: O pára-brisa e o vidro traseiro, que antes eram divididos ao meio, passaram a ser inteiriços; a grade frontal que, ao contrário dos vidros, era uma peça única, foi modificada, sendo dividida em duas partes, acompanhando a incorporação de área frontal sobre os pára-lamas dianteiros. Creio que estas modificações já faziam parte da Rural 4x2 que, entre outras novidades, apresentava a alavanca de câmbio de três marchas [mais a ré] na coluna de direção, suspensão independente na dianteira com molas helicoidais, ao invés do eixo rígido com feixes de molas.
Em 1967 a Ford incorporou a Willys-Overland do Brasil, mantendo as linhas Jeep e Rural e lançou uma Rural-Willys com um motor 3.0 de 140 CV que tinha dois carburadores. Em função dessas modificações, apareceu uma versão de 4 marchas.
Com a crise petrolífera de 1973, o chamado “Milagre Econômico Brasileiro” sofreu um débâcle, e a Ford por aqui passou a equipar a Rural com o motor 2.3 de quatro cilindros do Maverick. Mas os quase 30 anos de idade da linha Rural-Willys pesaram muito, e em 1976 a fabricação desse veículo foi encerrada, mantendo-se em produção [até 1982] somente a Pick-Up Jeep F-75.
"Para os padrões de hoje, a Rural é um carro lento e beberrão (cerca de 6,5 Km/l na estrada, na versão 4x2 com motor 2.6). Mas o que importa num carro desses é a resistência: mesmo alquebradas, muitas Rural continuam prestando serviços em cidades do interior ou para jipeiros e feirantes".
Jason Vogel - jornal O GLOBO, RJ de 10/06/1998.
"- Desde que se lubrifique sempre os mais de 30 pinos de graxa, a suspensão dura para sempre".
"- Desde que se lubrifique sempre os mais de 30 pinos de graxa, a suspensão dura para sempre".
Fernando Curvello - professor universitário, dono de uma super bem conservada Rural-Willys 4x2, 1970.
Esta Rural alvi-verde aí [abaixo] pertence ao Nei, um popular e simpático morador da praia do Laranjal, em Pelotas, RS. O Nei é um apaixonado por automóveis antigos, e mantém sua Rural-Willys nos trinques, apesar das dificuldades para obter as peças originais para o veículo. Um dos espelhos que faltava teve que vir de São Paulo, SP.
Esta Rural alvi-verde aí [abaixo] pertence ao Nei, um popular e simpático morador da praia do Laranjal, em Pelotas, RS. O Nei é um apaixonado por automóveis antigos, e mantém sua Rural-Willys nos trinques, apesar das dificuldades para obter as peças originais para o veículo. Um dos espelhos que faltava teve que vir de São Paulo, SP.
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