Maio de 1944. Adolf Hitler sabia que a guerra seria decidida na França, apesar das sucessivas derrotas na frente oriental, onde até aquele momento cerca de 1,8 milhões de soldados alemães tinham perdido a vida ou ficado gravemente feridos. A capacidade de reposição de homens para lutar contra os soviéticos estava esgotada, mas se a invasão aliada na França falhasse, ele teria tempo e espaço para se preparar e contra-atacar os soviéticos, colocando em uso seus submarinos de vanguarda e as suas bombas "V", através das quais esperava retomar a iniciativa do conflito.
O alto comando alemão estava convencido de que os desembarques aliados aconteceriam em Pas-de-Calais, defronte à parte mais estreita do Canal Inglês, mas o marechal-de-campo Erwin Rommel - assim como o próprio Hitler - acreditava que o ataque seria na Normandia. Rommel queria destruir seus inimigos antes que consolidassem quaisquer posições nas praias, causando danos tão eficazes que seria impossível aos aliados, naquele ano, montar outro ataque, mas para isso precisava das forças blindadas nas proximidades.
Como se sabe, ele foi voto vencido, e Hitler deixou-se levar pela maioria dos seus generais, o que de antemão condenou ao fracasso, em médio prazo, as manobras defensivas alemãs na frente ocidental.
Lancha de desembarque norte-americana se aproxima da costa da Normandia/França, durante as operações iniciais de ataque aliado, em 06 junho de 1944.
Foto Associated Press
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