segunda-feira, 30 de junho de 2008

OUVI DIZER..., E ACREDITO

Ouvi dizer, e acredito [até que algum especialista no assunto, com imparcialidade, afirme que eu não preciso me assustar] que:

- a prática do monocultivo na agricultura, ou seja, ter apenas uma espécie de planta numa imensa área de terra, representa a destruição das demais formas de vida porque afeta o clima, o solo, as demais plantas e os animais (inclusive o homem);

- o eucalipto se trata de uma planta exótica que não existia no Brasil, mas que foi adaptada para germinar em solos tropicais, e que ao seu redor não nasce mais nada;

- os cientistas passaram a chamar o monocultivo do eucalipto de "deserto verde" - e não de floresta, uma vez que uma floresta significa diversidade de plantas e animais;

- a plantação de eucalipto em escala industrial causa prejuízos relacionados à utilização de quantidades enormes de herbicidas para matar as demais ervas e não atrapalhar o próprio eucalipto, e que esse veneno desce para o lençol freático, debaixo da terra, contaminando a água;

- as plantas de eucalipto, após o primeiro ano, precisam de 30 litros de água por dia para crescer, gerando um desequilíbrio hídrico na natureza ao seu redor;

- no norte do Espírito Santo e no sul da Bahia desapareceram centenas de variedades vegetais e dezenas de animais daquele meio como resultado do cultivo comercial do eucalipto;

- a plantação de 300 mil hectares de eucaliptos no sul do Rio Grande do Sul, além de trazer danos irreversíveis às reservas de pastagens nativas do pampa gaúcho, pode transformar este bioma em um grande deserto.

Nestes tempos de campanhas em larga escala para a preservação da natureza, onde muito se ouve falar em efeito estufa, aquecimento global, mudanças climáticas, reciclagem de materiais, coleta seletiva de lixo, uso racional da água doce e desmatamento, me impressiona a repercussão limitada da polêmica das plantações de eucalipto no sul do RS. Será que não haverá tantos prejuízos à natureza, assim como eu estou pensando? Ou, como disse um luso poeta, "Que cesse tudo o que a musa antiga canta, que um valor mais alto se levanta”.

Justifica-se aqui o "Herdeiro da Pampa Pobre", recado [pra lá de atual] do Gaúcho da Fronteira e do Vaine Darde, interpretado pelos Engenheiros do Hawaii, em "Várias Varíáveis" (1991).

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