Eu que recém tinha arrumado uma namorada pra lá de linda (fig. 1), fui surpreendido pela chegada de um bando de desordeiras que escoltavam uma outra desordeira, já vestida de noiva e “prenhe” de uns 6 ou 7 meses (fig. 2).
O pai da dita cuja que aparece aí, agachado e olhando desconfiado, disse que eu era o responsável pelo problema e resolveu me ameaçar com uma garrucha entupida de pólvora que, diga-se de passagem, ele escondeu embaixo do blusão para não sair no flagrante (fig. 3).
Meio a contragosto, porém pensando primeiro em não arriscar a vida, aceitei o “pedido de casamento” e tratei de posar para a foto, já com a minha noiva a tiracolo (fig. 4).
O casamento aconteceu logo em seguida, e a festa continuou animada, conforme dá para ver na cara das meninas e principalmente na da noiva, cuja honra foi devidamente resgatada (fig. 5).
Mas no meio da festa e de toda a confusão, uma pergunta me ocorreu, e eu indaguei a este cabra que aparece aí levantando o dedo (fig. 6), se beijo engravidava.
Como ele não podia falar devido à alta porcentagem de álcool no sangue, simplesmente levantou o polegar, e eu imaginei que aquilo queria dizer “sim”.
Isso me tranqüilizou e fiquei feliz porque agora tinha certeza que eu era, realmente, o pai da criança.
Só não entendi uma coisa: depois do casório a minha noiva resolveu se enrabichar com um outro cabra que apareceu por lá, e nem me dirigiu mais a palavra. Eu não vi nada mais além disto que está aí (fig. 7),
mas achei estranho o modo como ele cochichava no ouvido, beijava o pescoço e segurava na cintura dela. Parecia que se conheciam há muito tempo.
Depois fiquei pensando: vai ver que são primos, passaram muito tempo longe um do outro e estão só matando a saudade.
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