Esta é uma reprodução de parte do diálogo entre o General Amaury Kruel, Comandante do II Exército (São Paulo) e o Presidente Jango:
- Presidente, o senhor é capaz de prometer-me que vai se desligar dos comunistas e decretar medidas concretas a esse respeito?
- General, sou um homem político. Tenho compromisso com os partidos e não posso abandoná-los ante a pressão dos militares. Não posso também deixar de lado as forças populares que me apoiam.
- Então, Presidente, nada podemos fazer. E isto é a opinião dos generais aqui presentes.
- Por que o General não vem ao Rio, conferenciar comigo e com os demais comandantes do Exército? Creio que arranjaremos as coisas.
- Não posso atender, Presidente. Tenho compromissos com a linha de conduta que me tracei desde quando MInistro da Guerra, contra o comunismo e em defesa do Exército, e não posso traí-la.
Os telefones foram desligados em seguida.
O Presidente Jango e Dona Maria Tereza Goulart no comício do dia 13 de março, na cidade do Rio de Janeiro.
Chuva torrencial na noite do dia 31 de março [e durante todo o dia 1º de abril], no Rio.
A tradição dizia que os dias chuvosos eram ideais para os golpes e revoluções no Brasil.
A tradição dizia que os dias chuvosos eram ideais para os golpes e revoluções no Brasil.
A chamada "Marcha da Família", no dia 02 de abril. Quase um milhão de pessoas desfila pelo centro do Rio de Janeiro, cantando e rezando.
1º de Abril - João Goulart embarca num avião da força aérea brasileira, rumo a Brasília. E de lá para Porto Alegre e depois o exílio no Uruguay.
O Presidente João Goulart com os dois filhos, Denise e João Vicente, no exílio. O local é o Balneário de Solymar, República Oriental do Uruguay, a 40 minutos [de automóvel] de Montevideo. Ao lado, outro flagrante de Jango no mesmo local.
Fonte Os Idos de Março e a Queda em Abril- Alberto Dines, Antônio Callado, Araújo Netto, Carlos Castelo Branco, Cláudio Mello e Souza, Eurilo Duarte, Pedro Gomes, Wilson Figueiredo.
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