Sempre que ouço falar em crise econômica, eu me lembro das aulas de História do professor Getúlio Moraes, no Colégio Auxiliadora, em Bagé, RS, no decorrer dos anos 70. E em particular, a recordação repousa sobre a Crise da Bolsa de Nova York, em 1929.
O término da primeira guerra mundial, ao invés de ser benéfico, constituiu-se em catástrofe para os Estados Unidos da América. Isto se explica porque durante a guerra o país era o principal fornecedor de alimentos, produtos manufaturados e matérias-primas aos aliados e a países da Ásia e América Latina que antes dependiam da Europa, mas que em função do conflito passaram a depender dos americanos. A partir de 1920, quando o efeito do término das hostilidades na Europa começou a aparecer através da retração nas exportações e a redução nos pedidos de empréstimos aos Estados Unidos, uma vez que a indústria européia iniciava a sua recuperação, uma grave crise econômica instalou-se no país.
A resposta americana para essa pré-crise foi isolar-se economicamente da Europa, restringindo também a imigração européia para evitar que a concorrência da mão-de-obra externa resultasse em prejuízos aos seus trabalhadores.
A política dos altos salários, adotada por Henry Ford - fundador da Ford Motor Company, e primeiro empresário a aplicar a montagem em série, com o objetivo de produzir mais automóveis, em menos tempo e com menor custo - foi seguida por outros industriais, e tinha como objetivo aumentar o consumo de bens industriais dentro do próprio país. O poder de compra do povo americano que tinha crescido em função dos aumentos de salário, foi alavancado ainda mais com a expansão das modalidades de vendas a crédito.
O término da primeira guerra mundial, ao invés de ser benéfico, constituiu-se em catástrofe para os Estados Unidos da América. Isto se explica porque durante a guerra o país era o principal fornecedor de alimentos, produtos manufaturados e matérias-primas aos aliados e a países da Ásia e América Latina que antes dependiam da Europa, mas que em função do conflito passaram a depender dos americanos. A partir de 1920, quando o efeito do término das hostilidades na Europa começou a aparecer através da retração nas exportações e a redução nos pedidos de empréstimos aos Estados Unidos, uma vez que a indústria européia iniciava a sua recuperação, uma grave crise econômica instalou-se no país.
A resposta americana para essa pré-crise foi isolar-se economicamente da Europa, restringindo também a imigração européia para evitar que a concorrência da mão-de-obra externa resultasse em prejuízos aos seus trabalhadores.
A política dos altos salários, adotada por Henry Ford - fundador da Ford Motor Company, e primeiro empresário a aplicar a montagem em série, com o objetivo de produzir mais automóveis, em menos tempo e com menor custo - foi seguida por outros industriais, e tinha como objetivo aumentar o consumo de bens industriais dentro do próprio país. O poder de compra do povo americano que tinha crescido em função dos aumentos de salário, foi alavancado ainda mais com a expansão das modalidades de vendas a crédito.
Porém, em função do progresso tecnológico, a mão-de-obra manual foi, aos poucos, sendo substituída por processos mecânicos na própria indústria. E na agricultura, onde a redução dos preços dos produtos agrícolas arruinou proprietários de terras hipotecadas, mais de dois milhões de agricultores abandonaram o campo em busca de trabalho nos grandes centros industrais, agravando o problema do excesso de mão-de-obra e, conseqüentemente, o desemprego.
Uma valorização artificial das ações de grandes empresas, resultante da especulação de cambistas que compravam e vendiam ações na Bolsa, mascarava a fragilidade da economia norte-americana que ainda dependia do consumo europeu. Insistiam, além disso, os americanos a produzir como nos períodos de guerra. Nesses tempos de paz, a Europa não necessitava dos produtos americanos que agora abarrotavam depósitos e silos no país inteiro.
Na segunda metade de 1929:
- o governo resolveu suspender os subsídios aos grandes exportadores por causa da movimentação política na Europa;
- a Inglaterra e a França recuperaram o seu poder no comércio internacional;
- os estoques acumulados de cereais, apesar de não estarem sendo comercializados, influíram diretamente na queda dos preços dos produtos agrícolas;
- as indústrias começaram a diminuir o ritmo da produção porque esta era muito maior do que o consumo.
Desempregados aguardam a sopa dos pobres.
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Os reflexos desse redemoinho bateu direto na Bolsa de Valores de Nova York. Lá eram negociadas as ações das grandes companhias norte-americanas, e seus acionistas, alarmados pelos últimos acontecimentos, tratavam de vender as suas ações para, pelo menos, ter o seu dinheiro no bolso. Como os que queriam vender eram bem mais numerosos do que os compradores, as ações eram oferecidas por preços cada vez mais baixos.
Para evitar a crise total, e com a pretensão de aproveitar a baixa das ações, um grupo de banqueiros de Nova York comprou muitas ações de várias companhias, a preços muito baixos, lançando, dessa forma, grande quantidade de dinheiro na Bolsa. Em meados de 1930 tentaram, esses mesmos banqueiros, vender suas ações a preços altos, mas não conseguiram. Quando as lançaram novamente no mercado, elas não valiam nada.
Estava pintado o quadro da crise de 29: empresas e bancos faliram; os proprietários de terras perderam suas propriedades hipotecadas e, portanto, não puderam dar seqüência à produção agrícola; o desemprego se espalhou por todos os Estados Unidos; e a crise se refletiu no mundo todo.
Arruda, José Jobson de Andrade - História Moderna e Contemporânea. São Paulo, Editora
....Ática, 1974.
Uma valorização artificial das ações de grandes empresas, resultante da especulação de cambistas que compravam e vendiam ações na Bolsa, mascarava a fragilidade da economia norte-americana que ainda dependia do consumo europeu. Insistiam, além disso, os americanos a produzir como nos períodos de guerra. Nesses tempos de paz, a Europa não necessitava dos produtos americanos que agora abarrotavam depósitos e silos no país inteiro.
Na segunda metade de 1929:
- o governo resolveu suspender os subsídios aos grandes exportadores por causa da movimentação política na Europa;
- a Inglaterra e a França recuperaram o seu poder no comércio internacional;
- os estoques acumulados de cereais, apesar de não estarem sendo comercializados, influíram diretamente na queda dos preços dos produtos agrícolas;
- as indústrias começaram a diminuir o ritmo da produção porque esta era muito maior do que o consumo.
As conseqüências diretas dessas quatro afirmativas foram: a retração nas exportações; a falência dos fazendeiros que, por não conseguirem pagar suas despesas, tiveram suas propriedades tomadas pelos bancos; e o desemprego em massa, onde os desempregados não tinham poder aquisitivo e, em conseqüência, passaram a consumir cada vez menos. Formou-se então um círculo vicioso onde quanto mais produtos sobravam, maior era a paralização na produção, e quanto menos as fábricas trabalhavam, maior era o número de desempregados.
Desempregados aguardam a sopa dos pobres.
Para evitar a crise total, e com a pretensão de aproveitar a baixa das ações, um grupo de banqueiros de Nova York comprou muitas ações de várias companhias, a preços muito baixos, lançando, dessa forma, grande quantidade de dinheiro na Bolsa. Em meados de 1930 tentaram, esses mesmos banqueiros, vender suas ações a preços altos, mas não conseguiram. Quando as lançaram novamente no mercado, elas não valiam nada.
Estava pintado o quadro da crise de 29: empresas e bancos faliram; os proprietários de terras perderam suas propriedades hipotecadas e, portanto, não puderam dar seqüência à produção agrícola; o desemprego se espalhou por todos os Estados Unidos; e a crise se refletiu no mundo todo.
Arruda, José Jobson de Andrade - História Moderna e Contemporânea. São Paulo, Editora
....Ática, 1974.
3 comentários:
muito boa essa historia
muitooooooooo boa essa historia
Curti essa historia valew ai me ajudou muitoo ... !!
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