quinta-feira, 7 de agosto de 2008

RONALDINHO, O GAÚCHO.

O Grêmio ainda comemorava a conquista da Copa do Brasil, em 1989, reverenciando o seu melhor atleta, o craque Assis, quando o "seu" João da Silva Moreira, pai do jogador, declarou à RBS TV: - "O melhor é o mais novo!".
"Seu" João não viveu o suficiente para ver o quanto estava certo, mas a partir dessa declaração o jornal "Zero Hora", de Porto Alegre, tratou de realizar uma reportage
m com o sorridente menino de nove anos que, no intervalo dos treinos dos profissionais do Grêmio, fazia malabarismos com a bola no pé e brincava de dar dribles no irmão famoso.

foto: Paulo Frakken - jornal Zero Hora, 13/11/1989

Ronaldo de Assis Moreira, o Ronaldinho, "batizado" depois pelo Galvão Bueno como Ronaldinho Gaúcho (para diferenciar do outro Ronaldinho, denominado posteriormente pelo próprio Galvão, Ronaldo Fenômeno), profissionalizou-se no Grêmio Football Porto Alegrense, em 1998, depois de passar pelas categorias de base desse que é o seu clube do coração. Disputou 141 partidas e marcou 68 gols pelo Grêmio.

O "Correio do Povo", outro jornal de Porto Alegre, publicou em 02 de Março de 2000, uma reportagem sobre uma estranha tentativa de contratação por parte de supostos empresários alemães, com o objetivo de repassar o jogador ao Leeds United, um clube inglês. Indignados com a reação do então Presidente do clube gaúcho, José Alberto Guerreiro, que recusou a suspeita, digo, suposta oferta de 75 milhões de Reais, ao declarar e mandar publicar em um banner estendido em frente ao estádio Olímpico Monumental, "Não vendemos craques", responderam [provavelmente, em inglês gutural]: - "Nossos amigos ingleses estão muito decepcionados com o Grêmio!".

Pergunto: ¿Desde quando ingleses e alemães se dão tão bem?

Começaram por aí as conseqüências da recém [na época] criada Lei Pelé. E foi um martírio para os grandes clubes brasileiros a adaptação forçada, e "a toque de caixa", aos artigos dessa lei que num primeiro momento pegou-os desprevenidos, agigantando os tentáculos de experientes "empresários" europeus.
Mesmo após sofrer esse assédio, o Grêmio Porto Alegrense não foi capaz de acautelar-se com relação a outras investidas sobre o promissor atleta. Penso até que deve ter tentado precaver-se, só que o presidente do clube não imaginava que a derradeira manifestação verbal de
Gaius Julius Caesar cairia tão bem na relação entre Ronaldinho e o Grêmio. O craque saiu do clube pela porta dos fundos, eu diria.

Logo em seguida, no entanto, o brilho do atleta nos campos europeus ofuscou quaisquer mágoas que poderiam (ou que ainda possam) ter dele, os torcedores gremistas. É com orgulho que acompanham os jogos em que ele participa, vestindo a camiseta de qualquer clube, exceto (Deus nos livre!) a do S.C. Internacional, e imaginam toda a vez que ele toca na bola: - "O maior jogador do planeta, na atualidade, foi revelado pelo Grêmio".

Um comentário:

Anônimo disse...

Serginho!
Muito pouco me interesso e muito pouco entendo de futebol, porém , hoje ao ler sobre o "Ronaldinho", depois de ter assistido à sofrida vitória nossa sobre os "camarões", estando lá na torcida e dando meus palpites técnicos, aliás, como todo/a brasileiro/a que se preze, e ouvindo o Galvão e o Falcão palpitando porque o Dunga ainda não tinha colocado o "pato" etc e tal, me perguntei, porque que os nossos craques têm que ir embora para os times alemães, italianos, franceses...quando começam a dar alegrias para seus times de origem?
Pelo que tenho observado, todos eles pensam da mesma forma,"ganhar" seu "quinhão" e voltar rico, ser reconhecido mundialmente...será isso?
Gostaria de pensar que ainda está por nascer um craque que queira crescer e fazer história em seu time...e... ficar por aqui...
É querer demais, não?

BATISTELLA FUTEBOL CLUBE?

2021, 25 de dezembro. Observem e analisem a imagem mostrada em anexo e tentem adivinhar, sem consultar o Google, em que cidade se localiza ...