Com a garagem interditada em função de umas obras, em um destes dias em que o tempo fechou em Rio Grande, no litoral sul do Rio Grande do Sul, a salvação do veículo de passeio do meu sogro veio através da ajuda de um vizinho, que ofereceu um estacionamento vago na sua própria garagem para prevenir danos que seriam ocasionados por iminente queda de granizo no bairro onde residem. Quando eu estive lá, no fim-de-semana, descobri que o granizo atingiu somente algumas áreas próximas, não chegando a causar danos [que eu saiba]. Curioso e pensativo, imaginando os estragos que podem causar essas pedras de gelo despencando do céu, meu sogro me perguntou: - "Por que acontece a chuva de granizo?".
Respondi:
- Quando está muito quente e úmido, grandes massas de ar quente, carregadas de água em forma de vapor, ascendem na atmosfera a, mais ou menos, uns 12.000 metros [já ouvi falar em 15.000 m e até 20.000 m]. À medida em que sobe, esse ar vai se resfriando, suas moléculas vão se aproximando cada vez mais, e sobra cada vez menos espaço para o vapor d'água que, sob pressão, tende a voltar ao estado líquido. Enormes nuvens de tempestade são formadas a partir de [mais ou menos, de novo] 5.000 metros, com uns 7.000 metros de altura por mais uns 5.000 metros na horizontal. O choque de massas de ar quentes, frias e mais frias ainda, dentro da nuvem, gera cargas elétricas positivas e negativas crescentes. Positivo com negativo dá curto-circuito, então, por onde a resistividade elétrica é menor, escoa o resultado do choque das cargas opostas. É o que nós chamamos de raios, e eles vêm direto para o solo, atingindo o que estiver mais saliente.
O ar quente em sua contínua ascenção, empurra para cima as gotas de água que formam a nuvem. Quando elas atingem a altura onde a temperatura é inferior a zero grau Celsius, congelam e viram pequenas pedras que tendem a cair. Como [ainda] são muito leves, o ar quente as empurra novamente para cima, onde essas se chocam e se incorporam a outras gotas de água e cristais de gelo e vão aumentando de tamanho. Então caem e são empurradas para cima [de novo] pelo ar quente, e se chocam e incorporam mais massa, até que seu peso é suficiente para vencer o ar quente. Então as pedras desabam. Mas elas podem chegar ao solo já muito menores [ainda bem!] ou em forma de água novamente, em função da grande distância que têm de percorrer e das altas temperaturas das camadas mais baixas da atmosfera.
O diagrama é de Luiz Iria e Rodrigo Ratier, em sobreposição a uma imagem do banco de dados da Getty Images.
Respondi:
- Quando está muito quente e úmido, grandes massas de ar quente, carregadas de água em forma de vapor, ascendem na atmosfera a, mais ou menos, uns 12.000 metros [já ouvi falar em 15.000 m e até 20.000 m]. À medida em que sobe, esse ar vai se resfriando, suas moléculas vão se aproximando cada vez mais, e sobra cada vez menos espaço para o vapor d'água que, sob pressão, tende a voltar ao estado líquido. Enormes nuvens de tempestade são formadas a partir de [mais ou menos, de novo] 5.000 metros, com uns 7.000 metros de altura por mais uns 5.000 metros na horizontal. O choque de massas de ar quentes, frias e mais frias ainda, dentro da nuvem, gera cargas elétricas positivas e negativas crescentes. Positivo com negativo dá curto-circuito, então, por onde a resistividade elétrica é menor, escoa o resultado do choque das cargas opostas. É o que nós chamamos de raios, e eles vêm direto para o solo, atingindo o que estiver mais saliente.
O ar quente em sua contínua ascenção, empurra para cima as gotas de água que formam a nuvem. Quando elas atingem a altura onde a temperatura é inferior a zero grau Celsius, congelam e viram pequenas pedras que tendem a cair. Como [ainda] são muito leves, o ar quente as empurra novamente para cima, onde essas se chocam e se incorporam a outras gotas de água e cristais de gelo e vão aumentando de tamanho. Então caem e são empurradas para cima [de novo] pelo ar quente, e se chocam e incorporam mais massa, até que seu peso é suficiente para vencer o ar quente. Então as pedras desabam. Mas elas podem chegar ao solo já muito menores [ainda bem!] ou em forma de água novamente, em função da grande distância que têm de percorrer e das altas temperaturas das camadas mais baixas da atmosfera.
O diagrama é de Luiz Iria e Rodrigo Ratier, em sobreposição a uma imagem do banco de dados da Getty Images.
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