Pois aos moldes da República do Pampa, oriunda de um movimento separatista propagado no Rio Grande do Sul por um tal de Irton Marx, no início dos anos 90, a Padânia também é uma tentativa de emancipação, só que lá para as bandas da Itália.
1996, 12 de maio. Os deputados da Liga Norte anunciaram a formação de um governo provisório da "República Independente da Padânia", formada pelas regiões da Lombardia, Piemonte, Vêneto, Emília Romagna, Ligúria e Vale D'Aosta. Em 02 de junho do mesmo ano, bem no dia do quinquagésimo aniversário da República Italiana, os separatistas proclamaram a "independência" da Padânia. Logo em seguida, nas eleições municipais, a Liga Norte recebeu votação menor do que nas eleições gerais de abril, em função de uma provável identificação de Umberto Bossi, líder da Liga Norte, com o nazismo. No dia 15 de setembro Umberto Bossi reafirmou a independência da Padânia, em manifestação reunindo cerca de 10 mil pessoas em Veneza. Em contrapartida, na cidade de Milano, 100 mil pessoas participaram de um ato contra o movimento separatista.
Era o recado que faltava para o mundo inteiro concluir que a República Independente da Padânia não passa de uma forma simbólica de protesto contra os maus modos do governo italiano.
¿Mas será que é só isto?
Protesto no muro do aeroporto Malpensa, em Milano, Itália.
Foto Gin Angri
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