Leni Riefenstahl foi procurada e contratada por Hitler, depois que este assistiu seu filme A Luz Azul. Em 1933, ela dirigiu um curta-metragem sobre um comício do Partido Nazista. Hitler, então, pediu a Leni que filmasse a convenção anual do Partido em Nuremberg, em 1934. A princípio, ela se recusou, sugerindo que Hitler contratasse Walter Ruttmann para dirigi-lo em seu lugar. Mais tarde, Leni Riefenstahl voltou atrás e realizou O Triunfo da Vontade, um documentário considerado por muitos como uma das melhores obras de cinema já produzidas. Ela prosseguiu, realizando um filme sobre a Wehrmacht (exército alemão), intitulado O Dia da Liberdade.
Em 1936, Leni Riefenstahl qualificou-se para representar a Alemanha no rali de esqui nos Jogos Olímpicos de 1936, mas, em vez disso, preferiu filmar o evento. O material captado virou o filme Olympia, celebrado por suas inovações técnicas e estéticas até hoje influentes em toda a cobertura esportiva da televisão. Sendo que o esporte como conhecemos hoje, nasceu e se glorificou na Alemanha nazista, o primeiro país do mundo a popularizar o esporte das camadas mais pobres até as mais ricas.
Após a Segunda Guerra Mundial, ela passou quatro anos presa num campo de concentração francês, acusada de usar prisioneiros nos sets de filmagens, mas tais acusações nunca foram provadas em tribunal. Ao final do julgamento, sem conseguir encontrar nenhuma imputabilidade no apoio de Leni aos nazistas, o tribunal considerou-a apenas "simpatizante". Em entrevistas posteriores, Leni Riefenstahl insistiu que tinha sido fascinada pelos nazistas, mas que era politicamente ingênua e ignorava as falhas cometidas na guerra.
Leni tentou produzir outros filmes no pós-guerra, mas cada tentativa foi boicotada por resistências, protestos e duras críticas. O boicote impediu Leni de financiar suas produções. Os poucos filmes que conseguiu realizar foram curtas e bancados pessoalmente, e novamente, obras de grande engenhosidade. Após isto, ela se tornou fotógrafa, interessando-se pela tribo Nuba do Sudão, tendo publicado dois livros com fotos dos guerreiros da tribo, em 1974 e 1976. Sabe-se que ela sobreviveu a um acidente de helicóptero no Sudão.
Perto dos seus 80 anos, Leni Riefenstahl começou a praticar fotografia submarina. E anos mais tarde, no dia do seu centésimo aniversário, lançou um novo filme, intitulado Impressionen unter Wasser (Impressões Subaquáticas), um documentário da vida sob os mares.
Em outubro de 2002, quando Leni tinha 100 anos, autoridades alemãs decidiram arquivar o inquérito contra ela por afirmar corretamente no passado que "todos e cada um" dos ciganos que foram recrutados em um campo de concentração para aparecer em seu filme Tiefland tinham sobrevivido à guerra.
Leni Riefenstahl morreu enquanto dormia no dia 8 de setembro de 2003, em sua casa em Pöcking, na Alemanha. Em seu obituário, foi dito que Leni foi a última figura famosa da era nazista na Alemanha a morrer.
Texto Wikipédia
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