Os historiadores consideram que a Revolução Francesa foi o acontecimento mais importante da Era Moderna. Assim, resolveram encerrá-la por aí, e inauguraram a Era Contemporânea.
Lá pelo final do século XVIII a França ainda era um país agrário, pois a chamada Revolução Industrial ainda não havia passado por lá. Assim mesmo a introdução de novas técnicas de cultivo e de novos produtos, bem como a redução dos seus preços, estimulou o consumo e permitiu melhorias na alimentação, favorecendo o aumento da população.
Como uma coisa puxa outra, o desenvolvimento econômico fortaleceu a burguesia, que passou a se imaginar capaz de ter mais poderes políticos, passando a discutir os privilégios da nobreza. Enquanto isso, os camponeses possuidores de terras queriam se livrar das obrigações feudais que deviam a seus senhores. Já deu para sentir que ainda havia resquícios de Idade Média na sociedade francesa.
Com cerca de 25 milhões de habitantes a França apresentava uma nítida divisão de classes, cujas conseqüências eram prejudiciais à maioria da população. Por conta disso, populares e burgueses pressionavam o governo real a extinguir os privilégios dos nobres e do clero (bispos, abades, padres e vigários), e o rei Luis XVI aceitou a organização de uma Assembleia Nacional que votaria uma nova constituição. Depois, acuado pelos representantes da situação, o monarca francês demitiu o ministro Jacques Necker, que apoiava as reformas burguesas.
A notícia da demissão foi o estopim para que as pessoas pertencentes às classes menos favorecidas de Paris organizassem uma revolta contra a ordem vigente.
1789, 14 de julho. Uma grande aglomeração de populares cercou as proximidades da Bastilha - fortaleza utilizada pelo governo real como prisão e para guardar armas. A princípio, os envolvidos na manifestação desejavam somente tomar as armas e munições ali disponíveis. Porém ...
"A invasão da Bastilha era uma tarefa quase que impossível. Composta por oito torres e paredes com quase três metros de espessura, a enorme construção era um dos mais imponentes símbolos da autoridade real francesa. Com cerca de trinta metros de altura, a prisão era protegida por duas pontes levadiças. A ponte que dava acesso ao prédio era rodeada por um enorme fosso de vinte e cinco metros por onde passavam as águas do rio Sena.
Segundo algumas estimativas, a prisão recebia uma média anual de quarenta criminosos detidos, sem julgamento, pelas ordens expressas do rei. As celas não seguiam um padrão fixo. Enquanto algumas se resumiam a um cubículo onde só se poderia ficar em pé, outras contavam com camas e outros mobiliários. No dia da invasão, havia quatro falsários, um nobre e dois loucos presos. O restante da população era composto por uma centena de militares franceses e suíços.
Tentando aquietar os ânimos dos revoltosos, o marquês de Launay, diretor da prisão, convidou os líderes do levante para almoçarem. Contudo, a espera e a falta de uma resposta imediata somente prestaram para que a população ficasse ainda mais insatisfeita. Os mais agitados pegaram machados para romper as correntes dos portões externos da Bastilha. De repente, o estampido de um tiro levou ao confronto direto entre os populares e os oficiais.
No fim daquela tarde, não mais suportando a pressão, Launay abaixou a ponte-levadiça e permitiu a entrada dos populares. O desafortunado diretor acabou sendo alvo da fúria dos revoltosos ao ter a sua cabeça cortada e exposta na ponta de uma lança pelas ruas de Paris. Todos os prisioneiros foram libertados e os manifestantes se apropriaram de todo o arsenal bélico da Bastilha.
La mort de cinq soldats français en Afghanistan a marqué le traditionnel défilé militaire de la fête nationale du 14-Juillet, dédié aux 13.000 militaires français engagés dans des opérations extérieures.
(c) Copyright Thomson Reuters 2011 / Philippe Wojazer
Nenhum comentário:
Postar um comentário