quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

CINTO DE SEGURANÇA

Janeiro de 1961. A revista Quatro Rodas, atenta às questões da segurança ligadas ao transporte automotivo, com base em experiências realizadas nos EEUU, levantou a possibilidade da adoção do cinto de segurança no Brasil.

Abaixo, o texto da reportagem publicada há 50 anos, na edição de janeiro, com o título: "QUATRO RODAS PROPÕE: CINTO DE SEGURANÇA".

"'Senhores, queiram apertar os cintos'. Esta frase deve ter sido ouvida por você, amigo automobilista, caso já tenha viajado de avião. A precaução, logicamente, é adotada para garantir a maior segurança ao passageiro. Mas não é somente viajando de avião que você está sujeito a tais perigos. No automóvel, proporcionalmente, eles são maiores e mais numerosos. Estatísticas feitas nos Estados Unidos, por exemplo, provaram que: 40% dos motoristas, num acidente, são atingidos pelo eixo da direção; 38% dos ocupantes dos assentos dianteiros sofrem contusões em choques com o painel de instrumentos e 4% sofrem ferimentos com o espelho retrovisor. Quando o automóvel pára bruscamente, o automobilista, também bruscamente, é lançado para frente. Se algo não o contiver, ele se chocará com todos os objetos sólidos que encontrar no caminho. Poderá ferir-se e poderá também morrer.

Eis porque QUATRO RODAS lança, neste número, uma sugestão aos construtores de carros nacionais: a introdução do cinto de segurança. A idéia - diga-se de passagem - não é nova, mas ainda não foi adotada na fabricação dos automóveis em série. Cintos deste tipo são feitos geralmente por encomenda. Para darmos uma idéia das vantagens desta simples providência, damos a seguir alguns resultados obtidos através de estudos efetuados pela Ford, em colaboração com a Universidade de Cornell (EUA): em 10.000 acidentes, a porcentagem de feridos leves, sem cintos de segurança, foi da ordem de 75,5%, 23,0% de ferimentos graves e 3,6% de mortes. Com o uso do cinto, as percentagens poderiam ser reduzidas respectivamente para: 29,9%, 9,2% e 1,0%. Os estudos em questão foram realizados, reproduzindo condições dos acidentes, colocando no interior dos carros testados, bonecos de borracha. No decorrer dos testes, a Ford sacrificou nada menos de sessenta automóveis."

Para saber mais sobre a importância do uso do cinto de segurança, siga o link: http://www.sarah.br/paginas/prevencao/po/02_04_o_cinto_de_seguranca.pdf.

Colaboração: Valacir Marques Gonçalves

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