O título da matéria é um exagero, mas o objetivo é fazer saltar aos olhos de todos a ânsia desenfreada do sistema fiscal português de arrecadar impostos. O "leão", neste caso, nada mais é do que o Imposto sobre o Rendimento das pessoas Singulares, mais conhecido como IRS, cujo similar no Brasil é o Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF).Pois lá, como cá, eles também fazem suas trapalhadas.
Uma menina de 6 anos, que mora em Coimbra, foi notificada pela Direção Geral de Finanças do país para apresentar a declaração de rendimentos de 2008. Na base de dados do sistema consta que a criança, então com 4 anos, recebeu uma bolsa de estudos para a Universidade dos Açores.
"Quando abri a carta fiquei paralisada"- conta Fátima David, mãe da menina, cujo prazo para regularizar a sua situação fiscal é de trinta dias, a partir de 23/07/10. "A morada estava certa, tal como o nome da minha filha e o número de contribuinte"- recorda a mãe.
Diante de tal absurdo, Fátima David dirigiu-se à Loja do Cidadão (uma espécie de órgão responsável por garantir os direitos dos cidadãos) e levou a filha para que não restassem dúvidas: "Foi aí que me informaram de que a Universidade dos Açores tinha pago uma bolsa de estudo à minha filha em 2008, quando ela tinha quatro anos."
Depois de confirmado o engano, "ainda me disseram que tinha de ir à repartição de Finanças ou escrever uma carta a dizer que ela não podia apresentar o IRS porque tinha seis anos".
Fátima David garante, no entanto, que não vai perder mais tempo com o assunto: "Tenho três filhos para cuidar, um deles com 11 meses, e já perdi muito tempo com um erro que é deles."
Para assistir o vídeo relacionado ao assunto, selecione o link.
Foto: Ricardo Almeida- Correio da Manhã, Portugal
Fonte: Paula Gonçalves- RTP, Lisboa/Portugal
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