Que cada um tire suas próprias conclusões.
terça-feira, 27 de julho de 2010 16:45 h.
Charge: http://carzem.blogspot.com/2008/11/charges-sobre-guerra-do-iraque.html
Por Mohammed Abbas
LONDRES (Reuters) - O ex-inspetor de armas da ONU Hans Blix disse nesta terça-feira que alertou em 2003 os Estados Unidos e a Grã-Bretanha sobre sua falta de convicção na existência de armas proibidas no Iraque, o que não dissuadiu Londres e Washington de invadirem o país.
Blix disse a uma comissão de inquérito britânica que o Iraque em 2003 não era uma ameaça ao mundo, e que os anos de anarquia como consequência da invasão podem ter sido piores do que a tirania exercida antes pelo ditador Saddam Hussein.
"O Iraque estava em perigo em 2003? Não estava em perigo. Eles estavam praticamente prostrados (...). Em vez disso o que eles tiveram foi um longo período de anarquia. E uma conclusão que eu tentaria tirar é de que a anarquia pode ser pior que a tirania", disse ele.
Na época da invasão, os EUA e a Grã-Bretanha argumentavam que o regime de Saddam possuía armas de destruição em massa, que no entanto jamais foram encontradas. O inquérito tem questionado duramente a invasão realizada por norte-americanos e britânicos.
Blix há anos critica a decisão de invadir o Iraque. Ele disse no inquérito que os EUA pareciam "embriagados" com seu poderio militar, e que o cronograma norte-americano estava "fora de sincronia" com o cronograma diplomático, já que sua equipe precisaria de mais tempo para realizar inspeções no Iraque.
"Conversei com o (então) primeiro-ministro (Tony) Blair em 20 de fevereiro de 2003, e disse que ainda achava que havia itens proibidos no Iraque, mas ao mesmo tempo nossa crença na inteligência (informações sobre a existência de armas) havia sido enfraquecida", disse Blix.
"Eu disse a mesma coisa a Condoleezza Rice (então secretária de Estado dos EUA). Certamente dei alguns alertas de que as coisas haviam mudado", acrescentou.
Antes da invasão, Blix havia criticado o regime iraquiano pela falta de transparência a respeito de seus programas militares, mas ele alegou que isso não poderia servir como justificativa para a invasão.
Os EUA e a Grã-Bretanha tentaram convencer o Conselho de Segurança da ONU a aprovar a invasão do Iraque. Sem sucesso, alegaram que resoluções anteriores do Conselho já justificavam a invasão.
"Quando (Rice) diz que a ação militar simplesmente estava mantendo a autoridade do Conselho de Segurança, isso me parece totalmente absurdo", declarou Blix.
O sucessor de Blair, Gordon Brown, determinou no ano passado a realização do inquérito para tirar lições da guerra do Iraque. A comissão é presidida pelo ex-servidor público John Chilcot.
Fonte: Reuters.
Irã:
Ahmadinejad prevê ataque dos EUA a dois países do Oriente Médio.
Iraniano diz ter "informações precisas" de que ação acontecerá nos próximos três meses.
"Os americanos incubaram um plano em que travam uma guerra psicológica contra o Irã", disse Ahmadinejad (AFP)
Por Mohammed Abbas
LONDRES (Reuters) - O ex-inspetor de armas da ONU Hans Blix disse nesta terça-feira que alertou em 2003 os Estados Unidos e a Grã-Bretanha sobre sua falta de convicção na existência de armas proibidas no Iraque, o que não dissuadiu Londres e Washington de invadirem o país.
Blix disse a uma comissão de inquérito britânica que o Iraque em 2003 não era uma ameaça ao mundo, e que os anos de anarquia como consequência da invasão podem ter sido piores do que a tirania exercida antes pelo ditador Saddam Hussein.
"O Iraque estava em perigo em 2003? Não estava em perigo. Eles estavam praticamente prostrados (...). Em vez disso o que eles tiveram foi um longo período de anarquia. E uma conclusão que eu tentaria tirar é de que a anarquia pode ser pior que a tirania", disse ele.
Na época da invasão, os EUA e a Grã-Bretanha argumentavam que o regime de Saddam possuía armas de destruição em massa, que no entanto jamais foram encontradas. O inquérito tem questionado duramente a invasão realizada por norte-americanos e britânicos.
Blix há anos critica a decisão de invadir o Iraque. Ele disse no inquérito que os EUA pareciam "embriagados" com seu poderio militar, e que o cronograma norte-americano estava "fora de sincronia" com o cronograma diplomático, já que sua equipe precisaria de mais tempo para realizar inspeções no Iraque.
"Conversei com o (então) primeiro-ministro (Tony) Blair em 20 de fevereiro de 2003, e disse que ainda achava que havia itens proibidos no Iraque, mas ao mesmo tempo nossa crença na inteligência (informações sobre a existência de armas) havia sido enfraquecida", disse Blix.
"Eu disse a mesma coisa a Condoleezza Rice (então secretária de Estado dos EUA). Certamente dei alguns alertas de que as coisas haviam mudado", acrescentou.
Antes da invasão, Blix havia criticado o regime iraquiano pela falta de transparência a respeito de seus programas militares, mas ele alegou que isso não poderia servir como justificativa para a invasão.
Os EUA e a Grã-Bretanha tentaram convencer o Conselho de Segurança da ONU a aprovar a invasão do Iraque. Sem sucesso, alegaram que resoluções anteriores do Conselho já justificavam a invasão.
"Quando (Rice) diz que a ação militar simplesmente estava mantendo a autoridade do Conselho de Segurança, isso me parece totalmente absurdo", declarou Blix.
O sucessor de Blair, Gordon Brown, determinou no ano passado a realização do inquérito para tirar lições da guerra do Iraque. A comissão é presidida pelo ex-servidor público John Chilcot.
Fonte: Reuters.
Irã:
Ahmadinejad prevê ataque dos EUA a dois países do Oriente Médio.
Iraniano diz ter "informações precisas" de que ação acontecerá nos próximos três meses.
"Os americanos incubaram um plano em que travam uma guerra psicológica contra o Irã", disse Ahmadinejad (AFP)
O presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad disse à emissora estatal Press TV que prevê uma ação militar americana contra "pelo menos dois países” do Oriente Médio nos próximos três meses. Na entrevista, ele não esclareceu se o Irã seria um dos países atacados, nem qual foi a origem das informações. "Temos informações muito precisas de que os americanos têm um plano, segundo o qual eles travam uma guerra psicológica contra o Irã", disse Ahmadinejad.
Estados Unidos e Israel não descartam a possibilidade de uma ação militar para conter o suposto desenvolvimento de armas nucleares iranianas. Israel, que supostamente possui o único arsenal nuclear do Oriente Médio, já bombardeou alvos nucleares do Iraque, em 1981, e da Síria, em 2007.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se refere à possibilidade de o Irã desenvolver uma arma nuclear como "a máxima ameaça terrorista" ao Estado judeu. Seu vice, Moshe Yaalon, diz que Israel ampliou suas capacidades militares para eventual uso contra inimigos em Gaza, Líbano, Síria e Irã.
Diplomacia - Ahmadinejad também criticou as ofensivas diplomáticas, dos Estados Unidos e União Europeia, após a aprovação de sanções contra o seu país. Na última segunda-feira, a UE aprovou uma nova rodada de punições ao Irã, incluindo a proibição de negociações com bancos e companhias de seguros iranianos e o bloqueio de investimentos nos setores de gás natural e petróleo. "A lógica de que eles podem nos convencer a negociar por meio de sanções é simplesmente um fracasso", disse o presidente.
Rússia - O Ministério de Relações Exteriores russo disse nesta terça-feira por meio de um comunicado que também não concorda com as sanções da UE e que o uso dessas medidas fora da estrutura do Conselho de Segurança da ONU é "inaceitável."
O texto afirma que as sanções “não apenas minam nossos esforços conjuntos para buscar um acordo político e diplomático sobre o programa nuclear iraniano, mas também mostram desprezo pelas provisões cuidadosamente calibradas e coordenadas das resoluções do Conselho de Segurança da ONU". As críticas russas atrapalham as esperanças de uma cooperação mais próxima entre Moscou e o Ocidente sobre a questão.
Sanções - As medidas da UE foram aprovadas 25 dias depois de o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sancionar um projeto de lei para impedir que empresas ligadas a Guarda Revolucionária iraniana façam negócios nos Estados Unidos.
As restrições unilaterais visam reforçar a quarta rodada de sanções da ONU contra o Irã, aprovada em 9 de junho. O Brasil e a Turquia, que são membros provisórios do Conselho de Segurança e não têm direito a veto, votaram contra as medidas.
Fonte: Reuters.
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