1804. A perda de um navio de guerra, o HMS York, e toda a sua tripulação, levou o parlamento britânico a dar crédito a um projeto caro e ousado, idealizado sete anos antes pelo engenheiro escocês Robert Stevenson. Ele propunha a construção de um farol em Bell Rock, uma afloração rochosa em alto mar a 18 km da costa leste escocesa, responsável pelo desaparecimento de quase uma centena de navios durante vários invernos, contados a partir do início do século XVIII.
Era difícil construir alguma coisa alí porque quando a maré enchia as rochas ficavam submersas, porém a idéia de Stevenson foi posta em prática. E o farol começou a ser erguido em 1807.
Ao efetuar testes de transparência com vidros coloridos, Stevenson chegou à conclusão que o vermelho era o que deixava passar mais luz. A luz era gerada por queimadores Argand, com óleo suficiente para 18 horas de iluminação. Assim, no primeiro dia de fevereiro de 1811, brilharam, pela primeira vez, as luzes rotativas [que se alternavam entre as cores vermelho e branco] do Bell Rock, o qual passou a proteger [da fúria das rochas] todas as embarcações que desfilam pelo Mar do Norte num raio de 55 Km.
Foto: Peter J. Clarke
É possível que a eficiência do farol de Bell Rock tenha inspirado os britânicos londrinos a utilizar os serviços de semáforos em suas esquinas mais movimentadas a partir de 1868, quando lanternas verdes e vermelhas para organizar o fluxo de carruagens e pedestres passaram a ser utilizadas por lá.
Em 1914, quase meio século depois, os americanos da cidade de Cleveland começaram a utilizar os mesmos sinais, porém com luzes elétricas controladas por guardas que se revezavam em pontos estratégicos.
Em 1917 a luz amarela foi acrescentada aos sinais de trânsito de Detroit, e seis anos mais tarde o americano Garret Morgan inventou a sinaleira automática, parecida com a que conhecemos hoje.
Fontes: http://www.bellrock.org.uk/; revista Mundo Estranho- junho/2002.
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